Brasil
Rede Recupera: Cuiabá sedia conferência sobre combate ao crime organizado
Cuiabá, 03/10/2025 — A capital de Mato Grosso sedia a Conferência Recupera MT, voltada ao fortalecimento das unidades responsáveis pela recuperação de bens oriundos de atividades criminosas. Iniciado na quinta-feira (2), o evento promove debates sobre identificação, apreensão, administração, alienação e destinação de ativos ilícitos, além de ampliar a cooperação entre órgãos federais e estaduais do Sistema de Justiça e das forças de segurança.
A programação segue até esta sexta-feira (3), no Espaço Justiça, Cultura e Arte Desembargador Gervásio Leite, na sede do Tribunal de Justiça do Estado. Ao longo dos dois dias, especialistas de Mato Grosso, de outros estados e do Governo Federal participam de oito painéis temáticos, abordando boas práticas de recuperação de ativos, alienação antecipada, execução de leilões, confisco alargado e os desafios da apreensão de criptomoedas.
O diretor de Operações Integradas e de Inteligência, da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Rodney da Silva, acredita que a conferência contribui para aproximar o Judiciário e as polícias judiciárias.
“A Rede Recupera propõe a cooperação entre todos os atores envolvidos, estabelecendo um novo paradigma para o combate ao crime organizado por meio da recuperação de ativos e da descapitalização dessas organizações”, diz Rodney.
Já o coordenador-geral de Combate ao Crime Organizado, da Diretoria de Operações Integradas (Diopi), Getúlio Monteiro, ressalta que esta é a primeira edição do evento em Mato Grosso e afirma que “a Conferência vai gerar excelentes resultados a partir da colaboração entre as instituições envolvidas”.
A Conferência é organizada em parceria pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Polícia Civil, Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf) — Escola Institucional do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), Corregedoria-Geral do Poder Judiciário e Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis-MT).
Rede Recupera
A Conferência Recupera MT integra as ações da Rede Recupera, iniciativa do MJSP voltada ao fortalecimento do combate à lavagem de dinheiro e à recuperação de ativos ilícitos. O objetivo é facilitar a troca de experiências, formular estratégias conjuntas e ampliar a cooperação institucional para a descapitalização efetiva das organizações criminosas.
Com estrutura colaborativa e interinstitucional, a Rede integra e coordena esforços de diversos órgãos na identificação, rastreamento, apreensão e recuperação de bens e valores obtidos de forma ilícita.
Instituída pela Portaria MJSP nº 533/2023, a Rede Recupera funciona como instância de articulação entre instituições, potencializando o processo de recuperação de ativos e oferecendo um ambiente seguro para o compartilhamento de experiências, metodologias, boas práticas, capacitação integrada e protocolos de atuação.
Brasil
Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA)
O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) reafirma seu compromisso com o desenvolvimento sustentável da aquicultura e da pesca no Brasil e informa que acompanha atentamente as discussões, no âmbito da Comissão Nacional de Biodiversidade (CONABIO), sobre a minuta de resolução que propõe a “Lista Nacional Oficial de Espécies Exóticas Invasoras” e a “Lista Prioritária” para prevenção, controle e monitoramento dessas espécies.
Desde a apresentação inicial da proposta, o MPA manifestou preocupação com os potenciais impactos econômicos e sociais decorrentes da inclusão, nessa lista, de espécies amplamente utilizadas na aquicultura brasileira, como a tilápia, o tambaqui, o pacu, o pirarucu, o camarão-marinho (Litopenaeus vannamei), a ostra do Pacífico e a macroalga Kappaphycus alvarezii. Essas espécies são pilares da produção aquícola nacional, representando, juntas, cerca de 90% da produção e um valor estimado em R$ 9,6 bilhões (PPM/IBGE, 2025). Esse montante se traduz em geração de renda, empregos e segurança alimentar para o país.
Considerando os possíveis efeitos sobre o licenciamento ambiental, o comércio interno e externo, o crédito e o funcionamento das cadeias produtivas, o MPA solicitou ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) maiores esclarecimentos quanto à aplicabilidade da lista e à rastreabilidade dos impactos decorrentes. Uma das principais preocupações do Ministério diz respeito à ausência de informações sobre os procedimentos a serem adotados após a eventual publicação da Lista de Espécies Exóticas Invasoras, especialmente no que se refere ao licenciamento ambiental, atualmente o maior gargalo da atividade. Esse processo pode ser inviabilizado, uma vez que não há legislação federal que permita o licenciamento de espécies exóticas invasoras, apenas de espécies detectadas nas regiões hidrográficas.
Além disso, o MPA solicitou prazo adicional para análise técnica detalhada da proposta, de modo a assegurar que qualquer decisão seja fundamentada em evidências científicas atualizadas e no diálogo amplo com o setor produtivo e a sociedade civil.
Com essa finalidade, o Ministério convocou reunião extraordinária do Conselho Nacional de Aquicultura e Pesca (CONAPE), espaço consultivo que reúne representantes da administração pública, sociedade civil, produtores e pesquisadores, para debater o tema e colher contribuições técnicas. O MPA também vem coordenando, em conjunto com universidades, institutos de pesquisa e representantes do setor, uma revisão criteriosa das fichas de avaliação das espécies, com o objetivo de subsidiar a CONABIO com informações robustas e equilibradas.
As contribuições recebidas estão sendo consolidadas em um documento técnico próprio do MPA, que será encaminhado à CONABIO dentro do prazo estabelecido. Essa ação reforça o compromisso do Ministério com o diálogo interinstitucional, a ciência e o fortalecimento responsável e sustentável da aquicultura e da pesca no Brasil.
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