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Curitiba

Prefeitura de Curitiba prevê perda de receita de R$ 595 milhões com coronavírus

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A prefeitura de Curitiba prevê que vai perder cerca R$ 595 milhões em receita para este ano por conta dos efeitos do novo coronavírus. Por causa dessas perdas, a administração vai usar recursos reservados para o Fundo de Recuperação e Estabilização Fiscal (Funrec) para garantir os gastos extras necessários ao combate e aos efeitos da pandemia, bem como para dar continuidade aos principais projetos em desenvolvimento na cidade.

Os gastos extras vão ocorrer principalmente na área da saúde, que deve exigir novos recursos na ordem de pelo menos R$ 300 milhões este ano, explica a prefeitura. O orçamento original para a área é de R$ 1,97 bilhão. A perda da receita para a administração decorre da diminuição da atividade econômica.

“Trata-se de uma crise grave”, diz o secretário municipal de Finanças, Vitor Puppi. “Por isso é necessário reorganizar a execução orçamentária e priorizar a utilização racional dos recursos do fundo, que somam cerca de R$ 500 milhões”, afirma.

Puppi destaca que a perda da receita equivale 237% de todo o investimento com recursos do próprio município previsto para Curitiba neste ano. O também chamado Fundo Anticrise é um projeto inédito no país, foi criado no ano passado e está em tramitação na Câmara. Puppi explica que, apesar disso, o dinheiro a ele destinado já estava reservado e poderá ser usado agora na crise do coronavírus.
“O fundo foi criado justamente para proteger, por exemplo, os gastos sociais, que sempre são afetados em períodos de severas crises, como a que temos agora”, explica o secretário.

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Aplicação – Na saúde o dinheiro será aplicado, por exemplo, na contratação de novos profissionais e na compra de insumos. O setor está contratando 428 novos profissionais de saúde, entre médicos, enferemeiros e técnicos de enfermagem, para reforçar o combate à pandemia.

Os recursos do fundo ainda serão destinados a despesas extraordinárias que vierem a ser necessárias e para dar continuidade dos projetos (para os quais o município tem contrapartidas que precisam ser realizadas).

Outras medidas – A secretaria municipal das Finanças também está implementando algumas medidas complementares para as empresas e prestadores de serviços. O ISS Fixo, pago por sociedades de profissionais autônomos, será prorrogado por 90 dias.

A prefeitura anunciou, na semana passada, que prorrogará por 90 dias o vencimento do pagamento do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) pelo Simples Nacional para micros e pequenas. Para os Microemprendedores Individuais (MEIs), o prazo será estendido por 180 dias. Já a validade das certidões negativas de tributos também foi prorrogada por 90 dias.

Além dessas ações, o município está mantendo todas as renúncias e prorrogações já existentes para o ISS e IPTU, explica a prefeitura. No Imposto sobre Serviços, por exemplo, o impacto financeiro chega a R$ 89,5 milhões. Já no IPTU e Taxa de Coleta de Lixo, o valor chega a R$ 39 milhões, com reduções para idosos, baixa renda e imóveis com áreas verdes, por exemplo.

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Curitiba tem um bairro gigante que supera municípios da Região Metropolitana

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A Cidade Industrial de Curitiba (CIC) carrega o título de bairro mais populoso da capital paranaense e figura entre os cinco maiores do Brasil. Segundo o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são 172.510 moradores, número superior ao de Pinhais e Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, que têm 127 mil e 118.730 habitantes, respectivamente.

Além da densidade populacional, a CIC se destaca pelo tamanho territorial, com 43 km² de extensão. Oficialmente fundada em 1973, a Cidade Industrial nasceu de uma parceria entre a Urbs e o Governo do Paraná.
A ideia era criar uma área planejada para receber indústrias e, ao mesmo tempo, oferecer moradia para trabalhadores. As primeiras casas começaram a surgir nos anos 1980 e, desde então, a região nunca parou de crescer.

Nos anos 1970, o bairro parecia isolado às margens da BR-116. Hoje, no entanto, faz parte do coração econômico da capital, com conexões diretas para o interior do Paraná.

Bairros mais populosos de Curitiba

Atualmente, a CIC lidera o ranking dos bairros mais populosos de Curitiba, seguida por Sítio Cercado, Cajuru, Uberaba e Boqueirão. Somadas, essas cinco regiões concentram 503.664 habitantes, ou seja, quase 30% de toda a população curitibana.

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Na outra ponta, bairros como Riviera, Lamenha Pequena e Cascatinha mal chegam a somar 10 mil moradores.

Boom de investimentos após a pandemia

Desde 2022, a CIC tem atraído grandes investimentos em diferentes setores. Estima-se que cerca de R$ 2 bilhões já tenham sido confirmados em projetos industriais para os próximos três anos

A região também foi a mais procurada da cidade para abertura de empresas no primeiro semestre de 2022. Segundo a prfeitura, 2.761 novos negócios se instalaram ali, número maior que o registrado no Centro e no Sítio Cercado.

Atualmente, o bairro reúne aproximadamente 20 mil empresas, responsáveis por mais de 80 mil empregos diretos e indiretos, de acordo com a Associação das Empresas da CIC.

Entre os investimentos mais expressivos estão os R$ 1,5 bilhão da Volvo em pesquisa e desenvolvimento até 2025; os R$ 200 milhões da Fiocruz na construção de uma fábrica de vacinas; e outros R$ 200 milhões da alemã Horsch, que pretende implantar uma unidade de máquinas agrícolas na região.

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Desafios do maior bairro de Curitiba

Apesar da relevância econômica e social, a CIC enfrenta desafios típicos de grandes centros urbanos. O bairro aparece em segundo lugar no ranking de crimes contra o patrimônio em 2025, com 2.545 ocorrências registradas apenas no primeiro semestre, ficando atrás apenas do Centro.
Além da questão da segurança, o trânsito intenso e as demandas por urbanização acompanham o crescimento acelerado da região.

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