Brasil
MME lança Portal Brasileiro de Hidrogênio e amplia transparência na política energética
O Ministério de Minas e Energia (MME) lançou, nesta segunda-feira (22/09), o Portal Brasileiro de Hidrogênio. A iniciativa, em parceria com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), representa um marco na consolidação da Política Nacional de Hidrogênio (PNH2) e busca posicionar o Brasil como protagonista no mercado global de hidrogênio de baixa emissão de carbono.
De acordo com o secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento do MME, Gustavo Ataíde, o lançamento é resultado de um compromisso assumido pelo país no Diálogo de Alto Nível em Energia da ONU, em 2021. “O Portal é um compromisso antigo do Brasil e é um marco importante para consolidar a política de hidrogênio, que recentemente teve seu marco legal sancionado. Mas não vamos parar por aqui, nas próximas semanas, nos próximos meses, vamos avançar com a regulamentação. O objetivo do portal é disponibilizar dados confiáveis, orientar investimentos e dar mais transparência para toda essa atuação”, afirmou.
O portal reúne informações estratégicas sobre o hidrogênio de baixa emissão de carbono, organizadas em torno dos eixos do Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2). A plataforma vai permitir o acesso a dados e análises sobre o fortalecimento da base científico-tecnológica, capacitação de profissionais, planejamento energético, aprimoramento regulatório, além do incentivo à neoindustrialização e à abertura de mercados.
Para a diretora do Departamento de Transição Energética do MME, Karina Sousa, o lançamento simboliza mais do que um avanço tecnológico. “Trata-se de um instrumento que fortalece a governança do setor e amplia a transparência das ações do governo. A iniciativa vai contribuir para promover as diretrizes nacionais para o hidrogênio de baixa emissão oferecendo informações qualificadas para investidores, gestores públicos e sociedade civil”, disse.
O desenvolvimento do portal contou com financiamento do programa UK-SIP, por meio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Coordenado pelo MME, com apoio técnico da EPE, o projeto reforça a estratégia brasileira de transformar o hidrogênio em vetor energético competitivo e sustentável. Com essa ferramenta, o Brasil dá mais um passo decisivo para consolidar sua posição de liderança na transição energética e no enfrentamento das mudanças climáticas.
O evento ocorreu no Auditório da EPE, no Rio de Janeiro, e foi transmitido ao vivo pelos canais do MME e da EPE no YouTube. E contou com a participação do Gustavo Ataíde, Secretário de Transição Energética e Planejamento do MME; Thiago Prado, Presidente da EPE- ambos virtualmente; da Martha Carvalho, Especialista sênior de energia do BID e de Ajoum Noorani, Cônsul Reino Unido – presencialmente.
O evento foi encerrado por mesa de debates mediada pelo jornalista Pedro Aurélio, do Canal Energia, da qual participaram: Natália Ramos, Coordenadora Geral de Energias e Tecnologias de Baixo Carbono e Inovação do MME; Thiago Ivanoski, Diretor de Estudos Econômico-Energéticos e Ambientais da EPE; Patricia Naccache, Oficial Nacional de Hidrogênio da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO); e Giovani Machado, Presidente do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Hidrogênio (ABH2).
Assessoria Especial de Comunicação Social – MME
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Brasil
Mascotes ajudam na conscientização sobre a importância da preservação do oceano e do meio ambiente de um jeito divertido
Enquanto caminhavam pela 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), o Chico Tubaratinado, o Curupira e o Zé Gotinha atraíram a atenção de todos que estavam presentes no evento. Com sorrisos no rosto e surpresa estampada nos olhos, as crianças e os adolescentes se reuniram em volta dos simpáticos personagens para abraçá-los e tirar fotos, encantados com a presença deles. Quando passavam, o público queria saber o que estava acontecendo.
Era só o Chico Tubaratinado aparecer que começavam os sussurros das crianças perguntando quem era aquele peixe grande com um largo sorriso, mas ele logo se apresentou: é um personagem que tem como missão conscientizar as pessoas sobre a importância de preservar o oceano e ensinar a preservar rios e mares. Ele traduz a ciência de uma forma leve e transforma assuntos sérios em um bate-papo entre amigos, com linguagem própria de internet.
E essa mensagem precisa ser compartilhada com urgência. Segundo estudo publicado em 2024 pela revista Science, a mortalidade anual de tubarões aumentou de 76 milhões, em 2012, para mais de 80 milhões, em 2017. Entre essas mortes de tubarões, mais de 30% representavam espécies ameaçadas de extinção. O impacto da captura e mortalidade desses animais pode afetar todo o ecossistema marinho.
De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep, em inglês), a poluição marinha, a elevação do nível do mar e a pesca excessiva prejudicam diretamente a vida do ser humano. Até 2030, a previsão é de que a poluição plástica lançada em ecossistemas aquáticos cresça mais que o dobro.
Quem é o Chico Tubaratinado?
Fascinado por ciências naturais, meteorologia e oceano, o ativista ambiental e professor David Bahr é o responsável pelo personagem Chico Tubaratinado. Em meio a uma onda de pessoas que enxergam os tubarões como um vilão e não compreendem a urgência em cuidar do meio ambiente, o especialista decidiu buscar uma forma inovadora para compartilhar com o público a mensagem de preservar os mares.
Buscando alcançar toda a população, Bahr passou a criar músicas e paródias, atraindo um grande público infantil. Em suas redes sociais, o Tubaratinado aparece em vídeos cantando músicas com letras que falam sobre as consequências da poluição e a importância de se engajar com as causas ambientais e sociais.
“As crianças ficam frenéticas, querem tirar fotos, gravar vídeos e conversar com o tubarão. Já teve criança que quis levar o animal para casa”, relatou David Bahr, se alegrando com a lembrança.
O professor revelou que o público infantil guarda um respeito pelo tubarão, o que não acontece muito com os adultos. “Os adultos são acostumados com filmes de tubarões que são sempre retratados como monstros, enquanto todo filme de golfinho e baleia são bonitinhos e fofos. Precisamos mudar a cabeça mais dos adultos do que das crianças”, afirmou.
A pequena Aila, com os seus 4 anos, ficou encantada com o personagem. Parou para tirar foto, deu um abraço e se despediu do Chico com um tchau muito animado. Ela contou que achou o tubarão diferente. Pelo seu tamanho, o Tubaratinado consegue surpreender as crianças. Apesar de incomum, Aila relatou gostar da mensagem de preservação.
“Às vezes, a sensação que sentimos é de que estamos em uma luta que não tem como vencer, como se fosse contra a maré. Mas sabemos que, por meio de pequenas atitudes, conseguimos mudar a cabeça de uma ou duas pessoas. E, enquanto isso estiver acontecendo, nos dá força para continuar”, revelou Bahr. Ele acredita que as próximas gerações continuarão trabalhando, conscientizando e movendo o mundo.
A SNCT reuniu, além de crianças, muitos adultos interessados pelo tema. Caetano Pena esteve na edição de 2024 e fez questão de visitar novamente, levando o seu filho para conhecer o evento. Para ele, a inciativa de conscientizar as pessoas sobre a importância de preservar e cuidar do meio ambiente e do oceano é fundamental para prosseguir com a divulgação da ciência para todos os públicos.
“É necessário inspirar diferentes gerações e disseminando a importância de proteger a natureza, os oceanos, o combate às mudanças climáticas e a ciência, trazendo impacto positivo para a vida das pessoas, principalmente para as gerações futuras”, expressou.
Curupira e Zé Gotinha
Outra figura querida do público que participou da SNCT foi o Zé Gotinha, graças a uma parceria com o Ministério da Saúde. Ele circulou pela feira acompanhado dos Guardiões do Planeta Água para divulgar, de forma lúdica, a relação entre a preservação dos rios e mares e a saúde das pessoas, da importância do cuidado com a natureza, os animais e o planeta como um todo.
A menos de um mês para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), o mascote oficial do evento também teve destaque na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. O Curupira, um menino de cabelos vermelhos e com os pés virados para trás, o personagem folclórico é conhecido por ser o guardião das florestas e dos animais, e estará representando a cultura amazônica e a defesa do meio ambiente encontro em Belém (PA).
O estudante Gael Menosso contou que achou o Curupira muito legal e já estudou sobre as lendas e o folclore brasileiro na escola. Para o garoto, é importante falar sobre o folclore “para manter as tradições do Brasil”.
A aluna Evelyn Vitória Santos, de 8 anos, relatou que a presença do mascote foi muito legal e que gosta da história dele. “Quando ele vê os caçadores querendo pegar os animais ou destruir a natureza, ele vai lá e faz uma armadilha”, descreveu empolgada, ao lado do personagem folclórico.
A SNCT é promovida pelo MCTI, sob a coordenação da Secretaria de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social (Sedes), e conta com o patrocínio de Financiadora de Estudos e Projetos (Finep); Huawei do Brasil Telecomunicações Ltda; Caixa Econômica Federal; Positivo Tecnologia S.A.; Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT); Banco do Nordeste do Brasil S.A. (BNB); Conselho Federal de Química (CFQ); Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur); Comitê Gestor da Internet no Brasil / Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (CGI.br e NIC.br) e Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (Aiab).
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