Brasil
22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia começa dia 21; veja a programação
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) promove, de 21 a 26 de outubro, a 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), com programação em todo o País. No Distrito Federal, as atividades vão se concentrar na Esplanada dos Ministérios. A edição deste ano traz o tema Planeta Água: Cultura Oceânica para Enfrentar as Mudanças Climáticas no meu Território, convidando a população a refletir sobre a relação entre o ambiente marinho, as mudanças climáticas e os territórios.
A abertura oficial ocorrerá na terça-feira (21), em uma cerimônia com autoridades. A ministra do MCTI, Luciana Santos, destaca que a SNCT é um espaço de aproximação entre o conhecimento científico e o cotidiano das pessoas, fortalecendo o papel social da ciência. “A Semana Nacional é uma oportunidade de mostrar que a ciência não está distante da vida das pessoas. Ela está no alimento que chega à mesa, na previsão do tempo, na energia que usamos e nas soluções que precisamos construir para enfrentar as mudanças climáticas”, afirma.
Considerado o maior evento de popularização científica do Brasil, a SNCT reúne ações presenciais e digitais com expectativa de alcançar ao menos 100 mil pessoas. O objetivo é ampliar a divulgação da ciência, estimular o pensamento crítico e valorizar a cultura científica como direito de todos.
À frente da Secretaria de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social (Sedes), do MCTI, Inácio Arruda destaca que a 22ª SNTC consolida uma trajetória de aproximação entre a ciência e a vida cotidiana das pessoas.
“A Semana Nacional deixa um legado de pertencimento à ciência. Ela mostra que o conhecimento científico não está distante da população, ele está presente no cotidiano, nas soluções que melhoram a vida das pessoas e nas políticas que constroem um futuro sustentável”, enfatiza.
Experiência, inovação e participação
A Feira de Ciência e Tecnologia será o principal espaço da SNCT 2025. O evento reunirá instituições vinculadas ao MCTI e parceiras em estandes temáticos, como o stand Pop Ciência do MCTI, Geopark, o Parque Pop Espacial e o Espaço Conexões.
A programação conta com experiências imersivas e atividades interativas que aproximam o público da ciência brasileira. O Auditório Oceano será o palco de palestras e debates sobre temas internacionais ligados à cultura oceânica e às mudanças climáticas. O Laboratório das Marés reunirá ações da Marinha do Brasil, do projeto Maré de Ciência, das Escolas Azuis e da Coordenação-Geral de Ciências para Oceano e Antártica (CGOA).
A diretora de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica do MCTI, Juana Nunes, ressalta que a SNCT vai além de mostrar ciência: ela busca transformar a forma como o público se relaciona com ela. “Mais do que apresentar experimentos e exposições, queremos que cada visitante saia da semana nacional com novas ideias, inspiração para explorar o mundo à sua volta e a certeza de que a ciência faz parte da vida de todos”, afirma a diretora.
Outras atrações:
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Exposição imersiva do Inpo: combina sensor e interatividade para tornar tangível a vida marinha.
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Laboratório das Marés: agrupa iniciativas da Marinha, Maré de Ciência, Escolas Azuis e projetos da CGOA.
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Shows musicais e teatro científico via projeto Ciência em Cena, integrando arte e ciência.
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Atividades no SesiLab, no modelo QuintaLab, com interação e experimentos ao público.
A programação cultural será complementada com o Oceanário do Sesc-DF, que ocupará uma cúpula inflável com projeções em 360° e estações interativas sobre biologia marinha e preservação dos ecossistemas aquáticos.
A coordenadora-Geral de Popularização da Ciência e Tecnologia do MCTI, Luana Bonone, destaca que a importância de transformar a participação do público em um aprendizado contínuo. “Nosso objetivo é que a Semana não seja apenas um evento, mas um ponto de partida para novas descobertas e colaborações. Cada atração, cada debate e cada exposição foram pensados para inspirar pessoas a se envolverem com ciência e tecnologia de forma duradoura”, comentou.
A SNCT também sediará o Seminário Internacional de Popularização da Ciência, que reunirá especialistas, comunicadores, gestores e representantes de diversos países — entre eles Alemanha, Estados Unidos, Noruega, Itália, Cuba, China, México e Portugal — para debater cooperação científica e estratégias globais de divulgação da ciência.
Estão previstas a abertura oficial com autoridades, cerimônias de premiação científica, apresentações de projetos estudantis e encontros com jovens pesquisadores. O público também poderá acompanhar o lançamento da nova temporada da série Euceano, visitar exposições e participar de ações interativas, como o Concurso de Maquetes do programa Mais Ciência nas Escolas, que celebra o protagonismo de estudantes da educação básica.
Ciência azul e mudanças climáticas
O oceano responde por cerca de 71% da superfície terrestre e contém aproximadamente 97% da água do planeta, sendo protagonista dos equilíbrios climáticos. No entanto, sofre impactos severos: no Brasil, estima-se que 1,3 milhão de toneladas de plástico sejam despejadas nos mares anualmente, posicionando o País entre os dez maiores poluidores do mundo.
Globalmente, a World Wide Fund for Nature (WWF) estima que entre 9 e 14 milhões de toneladas de plástico ingressem no oceano todos os anos, com mais de 90% desses resíduos provenientes de plásticos descartáveis e microplásticos.
Essas pressões ameaçam ecossistemas, biodiversidade e os serviços marinhos essenciais, como regulação climática, pesca e segurança alimentar. Ao mesmo tempo, o mar sustenta a chamada Economia Azul — setor que engloba pesca, transporte marítimo, turismo costeiro, energia marinha e serviços ecossistêmicos — e movimenta globalmente de US$ 3 a 6 trilhões por ano. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) acrescenta que cerca de 600 milhões de pessoas dependem da pesca ou de recursos marinhos para seu sustento alimentar.
O tema oceano foi elevado pela Década da Ciência Oceânica (2021-2030), proclamada pela Assembleia Geral da ONU e coordenada pela COI/Unesco, com foco na pesquisa e uso sustentável dos oceanos. A SNCT 2025 se insere nesse contexto global, reforçando o protagonismo do Brasil em debates sobre clima e mar.
Serviço
22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT)
Tema: Planeta Água: Cultura Oceânica para Enfrentar as Mudanças Climáticas no meu Território
Local principal: Brasília, Esplanada dos Ministérios (próximo à rodoviária)
Datas oficiais: de 21 a 26 de outubro
Horários da Feira de Ciência e Tecnologia (Brasília)
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21/10 (terça): 9h às 17h
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22/10 (quarta): 9h às 21h30
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23 a 25/10 (de quinta a sábado): 9h às 17h
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26/10 (domingo): 10h às 16h
Espaços da 22ª SNCT:
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Estande Pop Ciência
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Parque dos Dinossauros Brasileiros
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Espaço Conexões
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Laboratório das Marés
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Auditório Oceano
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SesiLab de Portas Abertas
Programação preliminar:
21/10 – TERÇA-FEIRA
9h às 17h: Feira de Ciência e Tecnologia
Local: Pavilhão 22ª SNCT
10h às 10h25: Apresentação de teatro científico – O Dia em que o Brócolis Salvou a Terra
Companhia: Coletivo Neperfekta
Local: Espaço POP Ciência
10h às 11h30: Seminário Internacional de Popularização da Ciência
Tema: Abertura do Seminário Internacional de Popularização da Ciência
Local: Auditório Oceano no pavilhão da 22ª SNCT
14h às 16h: Seminário Internacional de Popularização da Ciência
Tema: Experiências de popularização da ciência na Alemanha, Estados Unidos, Noruega, Itália e Portugal
Local: Auditório Oceano no pavilhão da 22ª SNCT
15h às 15h25: Apresentação de Teatro Científico – O Dia em que o Brócolis Salvou a Terra
Companhia: Coletivo Neperfekta
Local: Espaço POP Ciência
16h às 18h: Seminário Internacional de Popularização da Ciência
Tema: Experiências de popularização da ciência em Cuba, China, México e Argentina
Local: Auditório Oceano no pavilhão da 22ª SNCT
22/10 – QUARTA-FEIRA
9h às 21h: Feira de Ciência e Tecnologia
Local: Pavilhão 22ª SNCT
10h às 12h: Seminário Internacional Caça Asteróides
Local: Auditório Oceano
14h às 16h: Seminário Internacional de Popularização da Ciência
Tema: Elaboração de parcerias e iniciativas conjuntas entre o DEPEC/MCTI e convidados internacionais
Local: Auditório Oceano no pavilhão da 22ª SNCT
15h às 15h25: Apresentação de teatro científico – O Conto das Contas
Companhia: Coletivo Neperfekta
Local: Espaço POP Ciência
16h às 16h25: Apresentação de teatro científico – O Que Faz
Companhia: Grupo de Teatro Científico da UEPG
Local: Espaço POP Ciência
23/10 – QUINTA-FEIRA
9h às 17h: Feira de Ciência e Tecnologia
Local: Pavilhão 22ª SNCT
10h às 10h25: Apresentação de teatro científico – Coração em Chagas
Companhia: Companhia: Grupo de Teatro Científico da UEPG.
Local: Espaço POP Ciência
16h às 16h25: Apresentação de teatro científico – O Conto das Contas
Local: Espaço POP Ciência
24/10 – SEXTA-FEIRA
8h às 9h: Credenciamento dos participantes do Encontro de Clubes de Ciências
Local: Auditório Oceano no pavilhão da 22ª SNCT
9h às 17h: Feira de Ciência e Tecnologia
Local: Pavilhão 22ª SNCT
9h às 10h30: Encontro de Clubes de Ciências
Tema: Cerimônia de abertura do Encontro de Clubes de Ciências
Local: Auditório Oceano no pavilhão da 22ª SNCT
10h30 às 12h: Encontro de Clubes de Ciências
Local: Auditório Oceano no pavilhão da 22ª SNCT
14h às 16h: Encontro de Clubes de Ciências
Tema: Gincana Científica – Jornada X
Local: Auditório Oceano no pavilhão da 22ª SNCT
25/10 – SÁBADO
9h às 17h: Feira de Ciência e Tecnologia
Local: Pavilhão 22ª SNCT
9h às 11h: Encontro de Clubes de Ciências
Tema: Roda de Conversa Desafios, dilemas e Perspectivas dos Clubes de Ciência
Local: Auditório Oceano no pavilhão da 22ª SNCT
14h às 16h: Encontro de Clubes de Ciências
Tema: Roda de Conversa Educação Científica e Sustentabilidade: o Papel dos Clubes de Ciências na Formação de uma Geração Consciente
Local: Auditório Oceano no pavilhão da 22ª SNCT
16h às 17h: Encontro de Clubes de Ciências
Tema: Atividade cultural
Local: Auditório Oceano no pavilhão da 22ª SNCT
17h: Live do Equipe do Hackathon Pop Contra a Desinformação
Local: Auditório Oceano no pavilhão da 22ª SNCT
26/10 – DOMINGO
10h às 16h: Feira de Ciência e Tecnologia
Local: Pavilhão 22ª SNCT
Brasil
Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA)
O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) reafirma seu compromisso com o desenvolvimento sustentável da aquicultura e da pesca no Brasil e informa que acompanha atentamente as discussões, no âmbito da Comissão Nacional de Biodiversidade (CONABIO), sobre a minuta de resolução que propõe a “Lista Nacional Oficial de Espécies Exóticas Invasoras” e a “Lista Prioritária” para prevenção, controle e monitoramento dessas espécies.
Desde a apresentação inicial da proposta, o MPA manifestou preocupação com os potenciais impactos econômicos e sociais decorrentes da inclusão, nessa lista, de espécies amplamente utilizadas na aquicultura brasileira, como a tilápia, o tambaqui, o pacu, o pirarucu, o camarão-marinho (Litopenaeus vannamei), a ostra do Pacífico e a macroalga Kappaphycus alvarezii. Essas espécies são pilares da produção aquícola nacional, representando, juntas, cerca de 90% da produção e um valor estimado em R$ 9,6 bilhões (PPM/IBGE, 2025). Esse montante se traduz em geração de renda, empregos e segurança alimentar para o país.
Considerando os possíveis efeitos sobre o licenciamento ambiental, o comércio interno e externo, o crédito e o funcionamento das cadeias produtivas, o MPA solicitou ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) maiores esclarecimentos quanto à aplicabilidade da lista e à rastreabilidade dos impactos decorrentes. Uma das principais preocupações do Ministério diz respeito à ausência de informações sobre os procedimentos a serem adotados após a eventual publicação da Lista de Espécies Exóticas Invasoras, especialmente no que se refere ao licenciamento ambiental, atualmente o maior gargalo da atividade. Esse processo pode ser inviabilizado, uma vez que não há legislação federal que permita o licenciamento de espécies exóticas invasoras, apenas de espécies detectadas nas regiões hidrográficas.
Além disso, o MPA solicitou prazo adicional para análise técnica detalhada da proposta, de modo a assegurar que qualquer decisão seja fundamentada em evidências científicas atualizadas e no diálogo amplo com o setor produtivo e a sociedade civil.
Com essa finalidade, o Ministério convocou reunião extraordinária do Conselho Nacional de Aquicultura e Pesca (CONAPE), espaço consultivo que reúne representantes da administração pública, sociedade civil, produtores e pesquisadores, para debater o tema e colher contribuições técnicas. O MPA também vem coordenando, em conjunto com universidades, institutos de pesquisa e representantes do setor, uma revisão criteriosa das fichas de avaliação das espécies, com o objetivo de subsidiar a CONABIO com informações robustas e equilibradas.
As contribuições recebidas estão sendo consolidadas em um documento técnico próprio do MPA, que será encaminhado à CONABIO dentro do prazo estabelecido. Essa ação reforça o compromisso do Ministério com o diálogo interinstitucional, a ciência e o fortalecimento responsável e sustentável da aquicultura e da pesca no Brasil.
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