Curitiba
Trânsito do Paraná é o segundo que mais mata ciclistas, mostra levantamento
A cada seis horas, um ciclista perde a vida nalgum acidente de trânsito no Brasil. Segundo dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, entre 2001 e 2017 (último ano com dados disponíveis) foram registrados 23.992 óbitos de ciclistas em todo o país. E o Paraná aparece com destaque (negativo) no levantamento: é o segudo estado com mais mortes na federação (2.618, o equivalente a 10,9% do total), atrás apenas de São Paulo (4.013) e consideravelmente a frente do terceiro colocado, Minas Gerais (2.204).
Nos últimos anos, o alento aos ciclistas vinha sendo a redução no número de óbitos. Em 2017, por exemplo, foram 98 mortes no estado, menor número para o Paraná no século presente. Em Curitiba, porém, essa tendência de queda teria sido revertida neste ano.
“A gente está vendo o aumento do número de mortes de ciclistas em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2018 foram sete mortes e neste ano já passamos de 10, só em Curitiba”, afirma Fernando Rosembaum, proprietário da Bicicletaria Cultural e integrante da Associação de Ciclistas Alto Iguaçu (CicloIguaçu).
Por conta da situação, diversos ciclistas resolveram se ‘insurgir’ ontem e realizaram uma pedalada de protesto, partindo da Praça dos Menonitas, no Boqueirão, até o Parque de São José dos Pinhais, no limite entre Curitiba e o município da região metropolitana. Durante o trajeto, expuseram faixas e cartazes para mostrar à população os problemas que os ciclistas enfrentam no dia a dia no trânsito, além de coletar assinaturas para um abaixo-assinado – ainda neste semana entregarâo as assinaturas e uma carta de reivindicações à Prefeitura e ao Governo do Estado.
“Somos 2% da população de Curitiba, segundo dados da própria Prefeitura. Cidadãos e cidadãs que utilizam a bicicleta em seus percursos diários, enfrentamos o trânsito da cidade dia após dia. Persistimos nos arriscando entre a estatística crescentes de colisões fatais no trânsito de ciclistas. Nos percurso diários nos sentimos altivos e satisfeitos com nossas máquina movidas a energia humana. Queremos usar a bicicleta como meio de acessar a cidade com a garantia de voltar para casa após a jornada”, escrevem os amantes da magrela na carta que será encaminhada aos órgãos públicos.
O pedal de manifestação pacífica foi organizado pelo grupo Altimetria CWB e contou com o apoio da Associação de Ciclismo do Paraná, da Federação Paranaense de Ciclismo e de diversos grupos de pedal de toda a cidade, dentre eles o CicloIguaçu.
Curitiba pode ganhar nova via calma até o final do ano
Em breve Curitiba pode ganhar mais uma “via calma”para garantir a segurança dos ciclistas. A promessa da Prefeitura é que serão mais 28,8 km com ligações integradas aos eixos de transporte da Avenida República Argentina e Rua Padre Anchieta a universidades e locais de grande fluxo de pessoas. Além disso, há a promessa de o município dobrar o tamanho da estrutura cicloviária até 2025, chegando a 408 quilômetros e com a adequação de terminais de ônibus para facilitar a integração com o transporte público.
Para garantir que as boas notícias se concretizarão, diversos grupos de ciclismo acompanham as novidades junto ao município e pressionam por mudanças. “O Rafael Greca, quando era candidato, assinou uma carta-compromisso, tirou foto e até colocou como propaganda de campanha. Após eleito, virou as costas para os ciclistas. Parece até que tem um pouco nde birra”, comenta Fernando Rosembaum, garantindo ainda que o CicloIguaçu e outros grupos seguirão acompanhando as novidades e pressionando o município por melhorias.
As reivindicações dos ciclistas
Na carta com reivindicações encaminhada ao município e ao Estado, os ciclistas de Curitiba pedem uma atuação conjunta do governador Ratinho Junior e do prefeito Rafael Greca para garantir mais segurança aos ciclistas no trânsito.
Além disso, eles pedem ao município que seja retomado o diálogo, em reuniões mensais, entre a Setran e os ciclistas; mais fiscalização no trânsito; a reestruturação da ciclopatrulha da Guarda Municipal, ampliando o efetivo dentro das rotas usuais dos ciclistas; e a boa destinação de recursos provenientes de multas no rânsito para campanhas educativas e distribuição de equipamentos de proteção individual.
Ao Estado, por outro lado, a solicitação é para que a interligação das áreas conurbadas tenham estruturas cicloviárias seguras e em bom estado; o desenvolvimento do programa estadual CicloParaná e do Minha Bike; investigação da cadeia de receptação e distribuição de peças e bicicletas pela Polícia Civil, além da atuação de policiamento velado em regiões onde ciclistas são frequentemente atacados.
Os estados com mais mortes de ciclistas
(dados de 2001 a 2017)
São Paulo: 4.073
Paraná: 2.618
Minas Gerais: 2.204
Santa Catarina: 1.905
Rio de Janeiro: 1.754
Fonte: Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde
Curitiba
Curitiba tem um bairro gigante que supera municípios da Região Metropolitana
A Cidade Industrial de Curitiba (CIC) carrega o título de bairro mais populoso da capital paranaense e figura entre os cinco maiores do Brasil. Segundo o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são 172.510 moradores, número superior ao de Pinhais e Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, que têm 127 mil e 118.730 habitantes, respectivamente.
Além da densidade populacional, a CIC se destaca pelo tamanho territorial, com 43 km² de extensão. Oficialmente fundada em 1973, a Cidade Industrial nasceu de uma parceria entre a Urbs e o Governo do Paraná.
A ideia era criar uma área planejada para receber indústrias e, ao mesmo tempo, oferecer moradia para trabalhadores. As primeiras casas começaram a surgir nos anos 1980 e, desde então, a região nunca parou de crescer.
Nos anos 1970, o bairro parecia isolado às margens da BR-116. Hoje, no entanto, faz parte do coração econômico da capital, com conexões diretas para o interior do Paraná.
Bairros mais populosos de Curitiba
Atualmente, a CIC lidera o ranking dos bairros mais populosos de Curitiba, seguida por Sítio Cercado, Cajuru, Uberaba e Boqueirão. Somadas, essas cinco regiões concentram 503.664 habitantes, ou seja, quase 30% de toda a população curitibana.
Na outra ponta, bairros como Riviera, Lamenha Pequena e Cascatinha mal chegam a somar 10 mil moradores.
Boom de investimentos após a pandemia
Desde 2022, a CIC tem atraído grandes investimentos em diferentes setores. Estima-se que cerca de R$ 2 bilhões já tenham sido confirmados em projetos industriais para os próximos três anos
A região também foi a mais procurada da cidade para abertura de empresas no primeiro semestre de 2022. Segundo a prfeitura, 2.761 novos negócios se instalaram ali, número maior que o registrado no Centro e no Sítio Cercado.
Atualmente, o bairro reúne aproximadamente 20 mil empresas, responsáveis por mais de 80 mil empregos diretos e indiretos, de acordo com a Associação das Empresas da CIC.
Entre os investimentos mais expressivos estão os R$ 1,5 bilhão da Volvo em pesquisa e desenvolvimento até 2025; os R$ 200 milhões da Fiocruz na construção de uma fábrica de vacinas; e outros R$ 200 milhões da alemã Horsch, que pretende implantar uma unidade de máquinas agrícolas na região.
Desafios do maior bairro de Curitiba
Apesar da relevância econômica e social, a CIC enfrenta desafios típicos de grandes centros urbanos. O bairro aparece em segundo lugar no ranking de crimes contra o patrimônio em 2025, com 2.545 ocorrências registradas apenas no primeiro semestre, ficando atrás apenas do Centro.
Além da questão da segurança, o trânsito intenso e as demandas por urbanização acompanham o crescimento acelerado da região.
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