Brasil
Primeiro dia da caravana liderada por Renan Filho tem vistoria na Fico e duplicações da BR-080/DF e BR-153/GO
A caravana do Ministério dos Transportes rumo à COP30 iniciou, nesta terça-feira (4), o percurso até Belém (PA) com uma agenda técnica focada na vistoria de obras estratégicas em execução no Centro-Norte do país. Ao longo do dia, foram inspecionadas a duplicação da BR-080/DF, o avanço das frentes de trabalho na BR-153/GO e o progresso da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico) – corredores essenciais para a competitividade, para a redução de emissões e para o aumento da eficiência logística do Brasil.
“A Fico é uma obra que vai conectar o Centro-Oeste aos portos com mais eficiência e vai tirar caminhões da estrada, além de garantir mais competitividade para aquilo que produzimos e mais segurança para as pessoas que trafegam pelas rodovias do Brasil”, observou o ministro dos Transportes, Renan Filho, durante a visita a Mara Rosa (GO).
A duplicação da BR-080, em Brazlândia (DF), recebeu investimento de R$ 314 milhões do Novo PAC e prevê restaurar e ampliar o trecho entre os quilômetros zero e 25. Segundo o ministro, “é uma obra super importante para o desenvolvimento do DF e, com isso, vamos conectar todas as saídas da capital federal em pista dupla”.
Já na BR-153/GO, entre Uruaçu, Campinorte, Rialma e Rianápolis, estão sendo duplicados 53,44 quilômetros, com obras que já receberam mais de R$ 500 milhões em recursos privados da Ecovias do Araguaia, financiados pelo BNDES e pelo Banco da Amazônia. “A BR-153 é super importante, pois corta o Brasil de Norte a Sul, facilita muito o escoamento da produção e também a chegada das pessoas que estão no Norte do país à capital federal, assim como da capital federal para o Norte e para o Nordeste”, disse Renan Filho.
Amazônia no horizonte
Além das vistorias, a caravana tem como objetivo apresentar, na COP30, políticas públicas que já estão em curso no país para uma infraestrutura mais sustentável.
Entre os projetos que serão expostos na Conferência da ONU, destacam-se concessões rodoviárias e ferroviárias com emissão zero de carbono, compensações financeiras para tornar a infraestrutura mais resiliente, e percentuais destinados à inovação, à sustentabilidade e à preservação ambiental.
“Isso só o Brasil faz. Vamos apresentar na COP30 e incentivar que outros países façam o mesmo. O setor de Transportes tem uma de suas grandes tarefas e objetivos nos próximos anos: fazer tudo o que faz, emitindo menos carbono e colaborando para reduzir os efeitos que as mudanças climáticas têm trazido à vida de todos”, ressaltou Renan Filho.
A meta do Executivo é posicionar o país como um dos protagonistas na implementação dos compromissos internacionais, como o Acordo de Paris, assinado durante a COP21, que estabelece percentuais globais para a redução de gases de efeito estufa no contexto do desenvolvimento sustentável.
Uma das novidades apresentadas está na criação dos chamados “corredores azuis”, com a substituição de caminhões a diesel por veículos movidos a gás natural liquefeito. “Um avanço do Brasil para reduzir as emissões no setor”, resumiu o ministro.
No cronograma do chefe da pasta, durante a COP30, também estão previstos encontros com ministros da França, de países da América do Sul e autoridades como o ex-vice-presidente dos Estados Unidos.
Rota COP30
Em uma iniciativa inédita, o ministro Renan Filho seguirá por terra de Brasília a Belém, passando pelas rodovias utilizadas por motoristas e caminhoneiros de todo o país para vistoriar as obras do percurso.
“Temos grandes obras no caminho. Vamos fazer reuniões e conversar com as equipes que atuam nelas para ter um olhar mais apurado sobre o trabalho nas regiões. Nesse trajeto, serão discutidas a federalização de rodovias, anunciadas inaugurações de projetos importantes, como pontes aguardadas por muitos brasileiros”, detalhou Renan Filho.
A comitiva conta com cerca de 30 pessoas distribuídas em oito veículos, além de envolver outros órgãos do setor, como a Polícia Rodoviária Federal e a Agência Nacional de Transportes Terrestres, que participam das operações nas estradas. São cerca de 2.000 quilômetros de vias que passam por dezenas de cidades em cinco unidades da federação.
“Vamos compensar os altos volumes de emissão de carbono, enquanto a maioria dos participantes do evento vai de avião, o que emite muito mais”, explicou o ministro dos Transportes.
Tocantins à vista
Nesta quarta-feira (5), a caravana rumo à COP30 chega a Gurupi (TO), onde o ministro Renan Filho visita o Terminal de Transbordo Ferroviário da Norte-Sul, eixo estratégico para o escoamento da produção agrícola do Matopiba, e vistoria as obras da travessia urbana da BR-153 no município, que já conta com trechos duplicados e novas ampliações previstas.
Assessoria Especial de Comunicação
Ministério dos Transportes
Fonte: Ministério dos Transportes
Brasil
Casa da Ciência é inaugurada no Museu Emílio Goeldi, na capital paraense
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) inaugurou nesta terça-feira (11), no Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém (PA), a Casa da Ciência do MCTI. Ela foi pensada para funcionar como um espaço de divulgação científica, com foco em soluções climáticas e sustentabilidade, além de ser um ponto de encontro de pesquisadores, gestores públicos, estudantes e sociedade.
A ministra Luciana Santos destacou o papel da Casa da Ciência como símbolo da integração entre conhecimento, cultura e sustentabilidade. “A Casa da Ciência nasce com um propósito muito especial de aproximar o conhecimento científico das pessoas. Até porque nós sabemos bem da necessidade imperativa de virar a página do negacionismo no nosso País”, afirmou.
A ministra também falou da importância de celebrar a inovação e os saberes tradicionais. “Mais do que um espaço físico, esta é uma casa de ideias, de encontros e de esperança. Um lugar onde cientistas brasileiros e estrangeiros, agências de fomento, organizações, unidades de pesquisa, estudantes, empreendedores e povos tradicionais possam compartilhar saberes e pensar juntos soluções concretas para os desafios climáticos que enfrentamos.”
O diretor do Museu Paraense Emílio Goeldi, Nilson Gabas Júnior, destacou a importância histórica de sediar a Casa da Ciência e o papel estratégico da Amazônia para o País. “Quero expressar uma alegria imensa e a honra de receber o MCTI não apenas nesta cerimônia. A ministra assinou uma portaria declarando o Museu Goeldi como sede do MCTI até o dia 21, então o MCTI é aqui”, celebrou. “Esse é um momento histórico para a instituição, que abre as suas portas para fortalecer parcerias, sobretudo com os povos tradicionais, os indígenas, quilombolas e ribeirinhos”, enfatizou.
Gabas ressaltou ainda o papel da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) no fortalecimento da ciência na região. “É preciso agradecer especialmente à ministra por abrir na Finep uma linha de editais importantes e estratégicos para a Amazônia. Celebramos também os 159 anos do Museu Emílio Goeldi, guardião do conhecimento sobre a biodiversidade amazônica. As coleções científicas são um patrimônio inestimável para a ciência e têm papel essencial na conservação e no uso sustentável da biodiversidade”, disse.
Construção coletiva
A secretária de Políticas e Programas Estratégicos (Seppe), do MCTI, Andrea Latgé, destacou que a criação da Casa da Ciência foi resultado de uma construção coletiva entre o MCTI, o Museu Goeldi e diversas instituições científicas. “A Casa da Ciência foi uma construção de muitas mãos e de muitos corações. Sentimos na COP anterior a falta de uma presença mais marcante da ciência brasileira. A COP30 é um momento de reflexão sobre os problemas climáticos que atingem tantos setores da humanidade. Trazer essa iniciativa para dentro do Museu Goeldi é super representativo. É nos museus que se propaga a ciência”, afirmou.
Além disso, o presidente da Finep, Luiz Antônio Elias, exaltou a Casa da Ciência como um espaço de formulação de políticas públicas e de referência internacional. “Esta é a casa do debate, da proposição e das políticas públicas. É um espaço que se tornará referência durante a COP30. Cumprimento a ministra Luciana Santos por sua determinação em colocar a ciência no centro das discussões sobre a crise climática e por apontar caminhos que reforçam a posição do Brasil diante da sociedade e no cenário internacional.”
A cerimônia de abertura também contou com a presença do vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Adalberto Val, e da secretária da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Marilena Corrêa.
O encerramento do ato foi marcado por uma palestra magna, que abriu a programação científica e cultural da Casa da Ciência, que vai durar todo o período da COP30. O espaço permanece aberto até 21 de novembro com exposições, rodas de conversa, oficinas, lançamentos e atividades interativas voltadas ao público geral. Veja a programação completa.
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