Região Metropolitana
Homem que dirigia caminhão que soltou peça e matou professora na Rodovia do Xisto se apresenta à polícia e diz não ter visto o que aconteceu

O motorista do caminhão que soltou uma peça que atingiu o carro de uma professora na Rodovia do Xisto, na Região de Curitiba, se apresentou à Polícia Civil nesta sexta-feira (19). Ele prestou depoimento nesta manhã na Delegacia de Araucária.
Segundo o delegado Tiago Wladyka, o caminhoneiro disse não ter visto a peça se soltando e acertando o carro da professora. Ele ficou sabendo, de acordo com o delegado, por meio do dono do caminhão, que viu o caso na mídia.
O homem foi liberado depois de prestar os esclarecimentos. O acidente aconteceu na tarde de quarta-feira (17). A mulher tinha 44 anos e morreu no local.
O motorista não parou depois do ocorrido. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) já havia informado ser possível ele não ter visto a peça se soltando. O caminhoneiro foi identificado na quinta-feira (18).
A peça que se soltou do caminhão é um tambor de freio, que é um objeto grande, maciço e pesado.
O dono do caminhão
Na quinta, o dono do caminhão foi ouvido pela Polícia Civil, em um depoimento espontâneo. Ele contou que reconheceu o veículo pelas imagens que viu na televisão e que, ao verificar, percebeu que faltava a peça do freio.
O homem disse que o funcionário não mencionou nada sobre o acidente, nem sobre o problema mecânico. O dono ainda afirmou acreditar que o funcionário não percebeu o que aconteceu.
Caminhão fez desvio
Com imagens de câmeras segurança, a polícia disse ter identificado a rota que o motorista fez. Imagens mostram ele saindo da rodovia por um desvio que fica a cerca de 300 metros da unidade da PRF. Assista ao vídeo acima.
Esse desvio, conforme a polícia, é bastante utilizado por motoristas que estão com excesso de carga e outras irregularidades.
A partir disso, a PRF chegou ao local onde estava o veículo..
A vítima
Roseli Frota de Moraes Sales era professora e coordenadora do curso de agronomia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). O corpo dela foi enterrado na quinta-feira.
O objeto que se desprendeu do caminhão, carregado com toras de madeira, atingiu o para-brisa da caminhonete que Roseli dirigia.
A filha da professora, uma menina de seis anos, estava na veículo, mas não se feriu. As duas estavam indo para casa.
Inquérito policial
O delegado Tiago Wladyka afirmou que ainda não se pode dizer se o acidente foi causado por falta de manutenção ou se foi uma “mera fatalidade”.
De acordo com o delegado, o inquérito policial vai apontar por quais crimes o caminhoneiro suspeito responderá, podendo ser homicídio culposo ou dolo eventual.
O caminhão passou por uma perícia, que vai identificar o motivo pelo qual a peça se soltou do veículo.

Região Metropolitana
TC recomenda a Ponta Grossa adotar 28 medidas sobre mobilidade urbana

O Pleno do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) homologou a emissão de 28 recomendações à Prefeitura de Ponta Grossa. As medidas, cujo prazo para implementação varia de um a 36 meses, têm como objetivo melhorar a mobilidade urbana na principal cidade da Região dos Campos Gerais.
Elas foram indicadas pela Coordenadoria de Auditorias (CAUD) do TCE-PR, após esta realizar fiscalização sobre o assunto junto ao ente público. A atividade estava prevista no Plano Anual de Fiscalização (PAF) de 2022 do Tribunal.
De acordo com o relatório apresentado, seu objetivo foi “avaliar o planejamento e a implementação das políticas municipais de mobilidade urbana quanto a seu alinhamento aos princípios e diretrizes estabelecidos na Política Nacional de Mobilidade Urbana, sobretudo no que diz respeito à priorização dos modos de transportes não motorizados sobre os motorizados e dos serviços de transporte público coletivo sobre o transporte individual motorizado”.
Decisão
Como resultado da auditoria feita pela CAUD, foram apontadas oito oportunidades de melhoria relativas ao tema no município, em relação às quais foi feita a indicação de 28 recomendações. Todas elas estão detalhadas no quadro abaixo.
O processo de Homologação de Recomendações foi relatado pelo presidente do TCE-PR, conselheiro Fernando Guimarães, que corroborou todas as indicações feitas pela CAUD. Os demais membros do órgão colegiado da Corte acompanharam, de forma unânime, o voto do relator na sessão de plenário virtual nº 4/2023, concluída em 16 de março. Cabe recurso contra o Acórdão nº 429/23 – Tribunal Pleno, publicado no dia 22 de março, na edição nº 2.945 do Diário Eletrônico do TCE-PR (DETC).
Resolução
A partir da vigência da Resolução nº 73/2019 do TCE-PR, todos os procedimentos resultantes de trabalhos fiscalizatórios realizados pelo Tribunal têm como ponto de partida a elaboração, pela unidade técnica responsável, de um Relatório de Fiscalização. Caso este apresente apenas sugestões de medidas para sanar impropriedades encontradas na gestão da entidade pública em questão, é instaurado processo de Homologação de Recomendações.
A medida tem como objetivo dar maior rapidez à implementação dessas iniciativas, indicadas apenas nos casos em que não são encontradas irregularidades de maior gravidade, que demandem a emissão de determinações ou a aplicação de sanções – situações ainda contempladas pelos processos de Representação e Tomada de Contas Extraordinária.