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Grécia realizará eleições antecipadas no dia 7 de julho

O presidente da Grécia, Prokopis Pavlopoulos, dissolveu o parlamento nesta terça-feira (11) e convocou eleições antecipadas para o dia 7 de julho, atendendo à solicitação apresentada ontem pelo primeiro-ministro Alexis Tsipras.
O fim formal de seu governo estava marcado para outubro.
Com a publicação do decreto presidencial, a campanha eleitoral começou oficialmente.
O desafio para a coalizão governante Syriza é reduzir, na medida do possível, a ampla vantagem da conservadora Nova Democracia que, segundo a primeira pesquisa publicada depois das eleições europeias, já alcança dez pontos percentuais.
Derrota no Parlamento Europeu motivou convocação de eleições
O Nova Democracia venceu o Syriza por 9,5 pontos percentuais na eleição para o Parlamento Europeu no mês passado.
O pedido de Tsipras por novas eleições e a aprovação do presidente foram considerados formalidades.
Tsipras, 44, apareceu no cenário político grego há seis anos. Ele ganhou notoriedade com a promessa de combater a austeridade fiscal que os credores da Grécia exigiam em troca de resgates financeiros após anos de crise econômica.
Seu partido, o Syriza, recuou e aceitou outro empréstimo logo após a eleição de Tsipras em 2015 –a alternativa seria arriscada porque implicaria uma expulsão da Grécia da zona do euro.
O país recebeu mais de 280 bilhões de euros em três empréstimos distintos.

Mundo
Bolsonaro se reunirá com Xi Jinping no Japão antes do início do G20

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Antes de estrear na cúpula de líderes do G20 em Osaka, no Japão, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) terá um encontro bilateral com o dirigente chinês Xi Jinping na próxima sexta-feira (28).
Na conversa, Bolsonaro vai falar sobre a agricultura brasileira e seu desejo de que o Brasil passe a exportar produtos de maior valor agregado ao país asiático. Hoje o comércio é fortemente baseado na venda de commodities brasileiras aos chineses.
A China é o principal parceiro comercial do Brasil e foi destino de 27% das exportações brasileiras entre janeiro e maio deste ano, somando US$ 25 milhões.
Bolsonaro e Xi devem tratar de visitas de ambos aos países parceiros. O brasileiro tem viagem oficial prevista para a China em agosto e o chinês deve viajar ao Brasil em novembro, para participar da Cúpula dos Brics.
Esta será a primeira participação de Bolsonaro em uma reunião do cúpula do G20. Além da bilateral com Xi, ele deve ter uma reunião a sós com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.
O encontro é uma mudança de postura do presidente brasileiro, que, durante a campanha, dizia que a China “estava comprando o Brasil”.
Desde o início do governo, Bolsonaro fez gestos de aproximação entre os dois países, deixando para trás a fala que adotou como candidato.
Em maio, a ministra Tereza Cristina (Agricultura) viajou à China para tratar das relações comerciais com os asiáticos.
Em viagem a Roma na última semana, ela apoiou a candidatura do vice-ministro da Agricultura da China, Qu Dongyu, recém-eleito diretor da FAO.
Também em maio, o vice-presidente, general Hamilton Mourão, viajou a Pequim para participar da reunião da Cosban (Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação).
Durante o encontro, ao lado do vice-dirigente chinês, Wang Qishan, ele discutiu temas como fabricação e venda de aviões da Embraer para os chineses e de produtos de frigoríficos brasileiros.
Mourão também se encontrou com o presidente-executivo da Huawei, Ren Zhengfei, e disse que o Brasil não pretende restringir as atividades da empresa chinesa.
A Huawei foi vetada de instalar redes de 5G nos EUA pelo presidente Donald Trump, sob a acusação de espionagem. Os americanos vêm pressionando aliados a adotar postura semelhante.
Apesar da mudança de postura de Bolsonaro, uma maior aproximação com a China não é consenso em seu governo.
Em entrevista recente à revista Veja, o chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, disse que o tema da Huawei no Brasil “ainda está sob análise”, destoando do tom adotado por Mourão.
Ernesto e o escritor Olavo de Carvalho, influente no governo Bolsonaro, são contrários a uma maior aproximação com o país asiático e defendem que o Brasil se mantenha ao lado dos EUA na guerra comercial travada entre eles.
A necessidade de reduzir a co-dependência com o gigante asiático foi um dos principais assuntos do jantar para o presidente Jair Bolsonaro durante visita a Washington, em março.
A reunião de Cúpula do G20, que tem início na sexta, terá como pano de fundo novos desdobramentos da guerra comercial entre EUA e China diante da expectativa do resultado do encontro entre Xi e Trump que deve ocorrer no Japão.