Agro
Explosão de Silo traz alerta para perigos na armazenagem de grãos. Veja como evitar acidentes
Uma explosão na cooperativa C.Vale, em Palotina, interior do Paraná, trouxe um alerta para os perigos da armazenagem de grãos. No acidente duas pessoas morreram e nove estão desaparecidas.
As cooperativas e empresas que lidam com o armazenamento de produtos agrícolas devem revisar seus protocolos de segurança e implementar medidas preventivas para proteger seus funcionários e instalações. A armazenagem de produtos agrícolas é conhecida por apresentar riscos, principalmente devido ao acúmulo de poeira de grãos.
A poeira, quando concentrada no ar e exposta a uma fonte de ignição, pode criar uma atmosfera explosiva. O milho, em particular, é um dos grãos mais voláteis, aumentando a preocupação com a segurança nessas instalações.
Grãos com teor de umidade superior a 20% podem gerar gases como metanol, propanol ou butanol, além de metano e etano, criando atmosferas explosivas. Além disso, as poeiras depositadas ao longo do tempo representam outro risco preocupante.
Quando agitadas ou expostas a uma chama, há um alto risco de explosão, desencadeando uma perigosa reação em cadeia: a explosão inicial provoca vibrações que agitam mais poeira, causando mais explosões e resultando em grande destruição.
Visando à segurança, é recomendado que a concentração máxima de poeira de grãos no ambiente não ultrapasse 4g/m³ de ar. Acima desse limite, há riscos significativos de explosões, sendo a faixa de 20 a 4.000g/m³ a mais perigosa.
Para testar essas poeiras, já existem equipamentos específicos disponíveis no mercado. É essencial que empresas e instalações que lidam com o armazenamento de grãos adotem medidas preventivas rigorosas e estejam cientes dos perigos associados, a fim de garantir a segurança de seus funcionários e proteger as instalações contra incidentes graves.
10 passos de como evitar acidentes:
1 – Limpeza recorrente: Faça a limpeza regular do local para evitar acúmulo de poeira e resíduos inflamáveis.
2 – Evite fontes de ignição: Não permita soldas, fumo ou o uso de lanternas não intrinsecamente seguras no interior do silo.
3 – Manutenção de equipamentos: Realize manutenções frequentes nos equipamentos e instale um sistema de aterramento adequado.
4 – Livre de poeira: Verifique regularmente as peças giratórias para garantir que estejam livres de poeira.
5 – Equipamentos de segurança: Instale alívios contra pressão em elevadores, balanças e coletores para evitar acumulação de pressão.
6 – Limpeza com aspirador de pó: Evite varrer o armazém e utilize um aspirador de pó para a limpeza adequada.
7 – Umidade controlada: Mantenha a umidade do ambiente acima de 50% para reduzir o risco de explosões.
8 – Cuidado com ventiladores: Tenha atenção ao uso de ventiladores e considere a instalação de sistemas corta-fogo em dutos de transporte.
9 – Ventilação exaustora: Opte por sistemas de ventilação exaustora para capturar poluentes na fonte e proteger a saúde dos trabalhadores.
10 – Cuidado com produtos químicos: Esteja atento aos riscos de fumegantes e pesticidas, evitando o uso de substâncias inflamáveis em unidades de armazenamento de grãos.
SAIBA MAIS
Com sede em Palotina, no oeste do Paraná, a C.Vale é uma das maiores cooperativas do Brasil, com faturamento de R$ 22,6 bilhões no ano passado. A empresa atua na área de grãos, leite, peixe e suínos, e tem 26 mil associados.
VEJA Vídeo da cena em Palotina
Fonte: Pensar Agro
Agro
Caminho Verde Brasil é destaque em fórum sobre agricultura regenerativa na COP30
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) participou nesta terça-feira (11) do Fórum Planeta Campo Especial COP30 e da 4ª Edição do Prêmio Planeta Campo, que reuniram autoridades e especialistas para debater o papel da agricultura regenerativa na segurança alimentar e na sustentabilidade global.
O diretor do Departamento de Produção Sustentável e Irrigação da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Bruno Brasil, representou o Mapa no fórum, destacando a importância da recuperação de áreas degradadas e o potencial do Brasil em liderar práticas agrícolas de baixo carbono.
Segundo ele, a transição para modelos de produção regenerativa passa por políticas públicas estruturantes, como o Caminho Verde Brasil, que tem a meta de recuperar 40 milhões de hectares em dez anos. “Esse programa foi construído a partir da base do Plano ABC, que, entre 2010 e 2020, já promoveu a recuperação de 26,8 milhões de hectares. Agora, o Brasil avança para uma nova etapa, com foco na integração de paisagens produtivas e regenerativas, conciliando mitigação climática e aumento de produtividade”, afirmou.
Bruno Brasil também ressaltou que a agricultura regenerativa é fundamental para garantir segurança alimentar e estabilidade global. “Como destacou o embaixador Roberto Rodrigues, a agricultura regenerativa tropical tem papel decisivo na segurança alimentar mundial e, por consequência, na paz global. O Brasil tem condições de ser referência nesse modelo de produção sustentável”, destacou.
O fórum ocorreu no Pavilhão CNA/Senar da AgriZone, espaço dedicado à agricultura sustentável durante a COP30, em Belém (PA).
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