Curitiba
Delegado conversava por telefone com a mãe antes de matar mulher e enteada, diz defesa

A defesa do delegado Erik Busetti disse nesta quinta-feira (5) que o policial civil conversava com a mãe no telefone antes de cometer os assassinatos. Além disso, a defesa alega um quadro profundo de depressão, que se instaurou ainda antes do duplo homicídio.
O suspeito de matar a mulher e a enteada dentro da própria casa, no bairro Atuba, em Curitiba, está em uma ala especial, destina a detentos com curso superior. A defesa, feita por Cláudio Dalledone Júnior, diz que ele está sozinho, sob vigilância permanente.
O advogado atribui a condição ao estresse do trabalho policial e não descarta a possibilidade de que o quadro clínico tenha contribuído para a ação que terminou com a morte da esposa e da enteada. Segundo a defesa, o delegado estava com a mãe, no telefone, minutos antes de fazer os disparos.
“Tivemos contato com três testemunhas importantíssimas deve evento, que estavam no telefone no momento da discussão. É a mãe, o pai e o irmão. Exitem pelo menos três hipóteses sobre o que desencadeou essa tragédia”, disse Dalledone.
Enquanto a investigação interna não é concluída, o delegado permanece afastado do trabalho, mas continua recebendo o salário. A Polícia Civil tem dez dias para concluir o inquérito.
DIVÓRCIO PODE TER MOTIVADO DUPLO HOMICÍDIO
Segundo Cecconello, o delegado e Maritza Guimarães de Souza -que estavam junto há, aproximadamente, 10 anos- tinham dado entrada no processo de divórcio e isso pode ter motivado o crime. “Uma discussão perdurou o dia todo e culminou no duplo feminicídio. A princípio, são nove disparos entre a mulher e a enteada.”
Erick Busatto não confessou o crime para à PCPR (Polícia Civil do Paraná), porém, para a PMPR (Polícia Militar do Paraná) o delegado confessou os assassinatos.
“Após o delegado efetuar os disparos, ele teria imediatamente pegado a filha menor -que estava dormindo-, levado até uma vizinha e pedido para a mulher ligar para a polícia. A PM foi a primeira a chegar no local e o suspeito já estava esperando com a arma no chão e ele prontamente se entregou”, completou Camila Cecconello.
DELEGADO MATA MULHER E ENTEADA EM CURITIBA
O caso aconteceu por volta das 23h30 em um condomínio no bairro Atuba, em Curitiba. Maritza Guimarães de Souza, de 41 anos, e sua filha, Ana Carolina de Souza, de 16 anos, morreram antes da chegada do Corpo de Bombeiros. Após os disparos, o delegado pegou a filha do casal, de nove anos, e levou até uma vizinha. Em seguida, pediu para a conhecida ligar para à Polícia Militar.
O Conselho Tutelar foi chamado até o local para conversar com a criança. Em seguida, ela foi entregue para parentes. Os corpos de mãe e filha foram recolhidos pelo IML (Instituto Médico Legal) de Curitiba na madrugada de hoje. Maritza era escrivã da Polícia Civil e Busatti estava lotado na Delegacia do Adolescente.
O velório de mãe e filha acontecem em Curitiba e o enterro será em Piraí do Sul, nos Campos Gerais do Paraná.

Curitiba
Polícia prende suspeito de assassinar jornalista em Curitiba

O homem, de 27 anos, era investigado pelos crimes de roubo e extorsão contra seis vítimas. A polícia localizou o indivíduo em um flat no Centro da capital
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu o homem suspeito de assassinar o jornalista Cristiano Freitas. A vítima foi encontrada morta em sua casa, no bairro Jardim das Américas, em Curitiba, na tarde de terça-feira (4).
J. B. C., de 27 anos, era investigado pelos crimes de roubo e extorsão contra seis vítimas. Segundo as investigações, ele marcava encontros por aplicativo e depois realizava ameaças, com uso de arma de fogo, para que as vítimas efetuassem transações via pix.
As investigações apontam que o suspeito criava perfis falsos em redes sociais e se infiltrava em sites de relacionamentos para marcar encontros. Uma das vítimas relatou à polícia que foi forçada a fazer várias transações bancárias sob ameaças.
O veículo utilizado pelo suspeito, um HB20, foi identificado pela polícia, o que ajudou a localizá-lo em um flat no Centro de Curitiba. Ele foi levado para a Delegacia de Furtos e Roubos.
Morte de jornalista causou grande comoção
A morte de Cristiano Luis de Freitas provocou um choque e comoveu o meio. Nas redes sociais, foram muitas as homenagens ao jornalista de 48 anos.
Ele também integrava a equipe do Festival de Teatro de Curitiba, que divulgou uma nota de pesar:
“É com profunda tristeza que informamos o falecimento do jornalista Cristiano Freitas, membro da equipe de assessoria de imprensa do 33 º Festival de Curitiba, aos 46 anos. Apaixonado por arte e cultura, Cris teve uma trajetória marcante em diversos veículos de comunicação e se destacava como um grande conhecedor do teatro. Este ano, a convite do coordenador Maximilian Santos, realizou um antigo desejo ao integrar nossa equipe, trazendo sua experiência, talento e entusiasmo.
Infelizmente, nosso colega foi encontrado em sua casa, e a causa de sua morte ainda não foi esclarecida. Estamos todos consternados, em choque e profundamente tristes com essa perda repentina. Em poucos dias de trabalho conosco, Cris já havia deixado sua marca, contribuindo com entrevistas, ideias e pautas instigantes, sempre com dedicação e energia contagiante. Seu entusiasmo fará muita falta.
Expressamos nossos mais sinceros sentimentos à família, amigos e colegas que tiveram o privilégio de conhecê-lo e compartilhar momentos ao seu lado”.
No Instagram muitas postagens lembram com carinho do jornalista. “Uma das melhores pessoas que eu tive o prazer de conhecer na vida. Me ensinou TANTO. Um homem gentil, educado, atencioso, extremamente competente, sensível e acolhedor. Com um tino inacreditável para lidar e ensinar adolescentes. Um comunicador nato”, escreveu a vereadora Laís Leão (PDT).