Curitiba
Após um mês na UTI com coronavírus e muitas incertezas, taxista de Curitiba vai ter alta

O taxista Márcio Antônio Alves, de 49 anos, completou nesta quarta-feira (22) um mês de internamento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Trabalhador, após ser infectado pelo novo coronavírus. A boa notícia é que nos próximos dias Alves vai receber alta e logo estará em casa, ao lado da filha Bruna, de 24 anos, que também foi diagnosticada com a doença. O taxista, morador do Bairro Alto, em Curitiba, teria sido infectado por um passageiro em março.
Márcio trabalha na profissão há 31 anos e está acostumado a ter alguém próximo. Seja um passageiro ou os colegas de profissão. Pezão, como é apelidado por amigos, é torcedor do Paraná Clube e apaixonado por sinuca. Sem nenhuma doença crônica e fora do grupo de risco para o covid-19, o trabalho seguiu normalmente, apesar da queda de movimento na cidade.
Porém, no dia 14 de março, Márcio começou a apresentar febre e dores no corpo. Três dias depois e sem apresentar melhora no quadro clínico, o taxista peregrinou em hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Passou pelo Hospital Santa Madalena Sofia, UPA Boa Vista, Angelina Caron e os médicos receitando medicamentos que pouco faziam efeito. A piora foi se acentuando até que, na madrugada do dia 22 de março, Márcio pediu socorro à filha, pois estava com falta de ar, um dos principais sintomas do novo coronavírus.
“Na madrugada, ele ficou muito ruim e reclamava que não conseguia respirar. Fomos direto para a UPA em Pinhais e o médico segurou ele. Esperamos a abertura do leito no Hospital do Trabalhador e desde então, ele não saiu mais. Foi entubado e somente no dia 27, foi confirmado que ele era um dos casos confirmados de coronavírus. ”, relatou Bruna.
Apesar de estar também infectada, a filha não apresentou graves problemas de saúde e permaneceu em quarentena dentro de casa. A única forma de ter notícia do quadro clínico do pai foi por telefone. Os médicos ligavam todos os dias para Bruna, pois a ideia era mostrar transparência aos familiares a respeito dos processos que estão sendo utilizados, que vão desde a medicação até a forma como o parente está reagindo ao tratamento. Quando o telefone tocava, era um misto de sentimento, pois dali poderia vir uma notícia ruim ou boa. “Tive muito medo de atender algumas ligações. O pai estava passando por momentos muito difíceis e os médicos chegaram a dizer que o quadro estava muito complicado. A reza de todos ajudou demais e só tenho a agradecer’, desabafou Bruna.
Realmente a situação de Márcio foi preocupante e contou com o esforço da equipe de saúde e dos equipamentos do Hospital do Trabalhador, especialmente do ventilador mecânico, pois o pulmão ficou muito abalado com a ação do vírus. Na sequência, o rim chegou a ficar sobrecarregado e afetou também o coração. “O pai nem sabe que passou por tudo isto. Os médicos pensaram na possibilidade de passar por hemodiálise. Teve arritmia e foi preciso desfibrilar (aplicação de uma corrente elétrica com um desfibrilador). Posso dizer que aconteceu um milagre”, contou Bruna.
Lenta recuperação e videochamada
A recuperação para quem está em tratamento é lenta. Os médicos alertam a família que é normal isto ocorrer, pois a doença é altamente perigosa. Afeta vários órgãos do organismo, musculatura e até mesmo a fala. Fisioterapeutas e fonoaudiólogos se juntam aos médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem nesta luta diária pela evolução do paciente. Quando todos os sinais são positivos, a tecnologia entra em ação para a conversa entre o infectado e a família por videochamada.
“Foi emocionante, nós dois choramos. Achei que não fôssemos mais nos ver. É preciso ter muita paciência, pois foi um período desgastante para todos. Só tenho a agradecer e não vejo a hora de estar aqui em casa com meu pai para acompanhar séries e viajar”, disse a filha que imagina o retorno do Pezão para o começo da próxima semana.

Curitiba
Polícia prende suspeito de assassinar jornalista em Curitiba

O homem, de 27 anos, era investigado pelos crimes de roubo e extorsão contra seis vítimas. A polícia localizou o indivíduo em um flat no Centro da capital
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu o homem suspeito de assassinar o jornalista Cristiano Freitas. A vítima foi encontrada morta em sua casa, no bairro Jardim das Américas, em Curitiba, na tarde de terça-feira (4).
J. B. C., de 27 anos, era investigado pelos crimes de roubo e extorsão contra seis vítimas. Segundo as investigações, ele marcava encontros por aplicativo e depois realizava ameaças, com uso de arma de fogo, para que as vítimas efetuassem transações via pix.
As investigações apontam que o suspeito criava perfis falsos em redes sociais e se infiltrava em sites de relacionamentos para marcar encontros. Uma das vítimas relatou à polícia que foi forçada a fazer várias transações bancárias sob ameaças.
O veículo utilizado pelo suspeito, um HB20, foi identificado pela polícia, o que ajudou a localizá-lo em um flat no Centro de Curitiba. Ele foi levado para a Delegacia de Furtos e Roubos.
Morte de jornalista causou grande comoção
A morte de Cristiano Luis de Freitas provocou um choque e comoveu o meio. Nas redes sociais, foram muitas as homenagens ao jornalista de 48 anos.
Ele também integrava a equipe do Festival de Teatro de Curitiba, que divulgou uma nota de pesar:
“É com profunda tristeza que informamos o falecimento do jornalista Cristiano Freitas, membro da equipe de assessoria de imprensa do 33 º Festival de Curitiba, aos 46 anos. Apaixonado por arte e cultura, Cris teve uma trajetória marcante em diversos veículos de comunicação e se destacava como um grande conhecedor do teatro. Este ano, a convite do coordenador Maximilian Santos, realizou um antigo desejo ao integrar nossa equipe, trazendo sua experiência, talento e entusiasmo.
Infelizmente, nosso colega foi encontrado em sua casa, e a causa de sua morte ainda não foi esclarecida. Estamos todos consternados, em choque e profundamente tristes com essa perda repentina. Em poucos dias de trabalho conosco, Cris já havia deixado sua marca, contribuindo com entrevistas, ideias e pautas instigantes, sempre com dedicação e energia contagiante. Seu entusiasmo fará muita falta.
Expressamos nossos mais sinceros sentimentos à família, amigos e colegas que tiveram o privilégio de conhecê-lo e compartilhar momentos ao seu lado”.
No Instagram muitas postagens lembram com carinho do jornalista. “Uma das melhores pessoas que eu tive o prazer de conhecer na vida. Me ensinou TANTO. Um homem gentil, educado, atencioso, extremamente competente, sensível e acolhedor. Com um tino inacreditável para lidar e ensinar adolescentes. Um comunicador nato”, escreveu a vereadora Laís Leão (PDT).