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Economia

Acionistas da Netshoes aprovam venda para a Magazine Luiza

Publicado em

G1

Os acionistas da Netshoes, empresa especializada na venda de artigos esportivos na internet, decidiram em assembleia nesta sexta-feira (14) escolher a oferta da Magazine Luiza pela compra do controle da companhia. A proposta da rede da família Trajano contou com o apoio de 90,32% dos acionistas.

Com a decisão, a venda da Netshoes será efetivada pelo valor de US$ 3,70 por ação, o equivalente a cerca de US$ 114,9 milhões (cerca de R$ 448 milhões, considerando uma cotação de dólar a R$ 3,90).

O valor é quase duas vezes maior que a oferta inicial apresentada pelo Magazine Luiza, que fez inicialmente uma proposta de US$ 87 milhões e acabou elevando mais duas vezes o valor após o grupo varejista SBF, dono da rede de lojas Centauro, ter entrado na disputa.

O valor, entretanto, é quase 10% menor que a última oferta feita pela Centauro, de US$ 4,10 por ação, ou cerca de US$ 127,3 milhões.

O documento sobre o resultado da assembleia informa que espera consumar a fusão com a Magazine Luiza até o próximo dia 19. Os acionistas da Netshoes receberão à vista o pagamento de US$ 3,70 para cada ação ordinária detida.

Na noite de quinta-feira, o conselho de administração da Netshoes decidiu manter a recomendação pela escolha da proposta do Magazine Luiza, informando não ter condições de avaliar a tempo a nova oferta da Centauro, citando ainda que uma demora em decidir sobre o assunto poderia criar riscos, dadas as incertezas ligadas à aprovação da operação por órgãos reguladores da concorrência, num momento em que a empresa sofre severas restrições de caixa.

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Por volta das 13h desta sexta, as ações do Magazine Luiza tinham valorização de 2%, entre as principais altas do Ibovespa, que caía 0,25%. Os papeis da Netshoes em Nova York caíam 2,6%, em linha com a oferta vencedora do Magazine Luiza. Já as ações da Centauro mostravam queda de 1,7%.

Centro de distribuição da Netshoes  — Foto: Marcelo Brandt/G1Entenda a disputa

A Netshoes abriu o capital na bolsa de Nova York em 2017, precificando cada ação a US$ 18. Na época, a empresa captou cerca de US$ 140 milhões. No entanto, um ciclo de queda das receitas e prejuízos enfraqueceu seu perfil financeiro da empresa e derrubou fortemente o valor dos papéis, que fecharam a US$ 3,80 cada na véspera.

A disputa pela Netshoes mostrou a relevância de empresas de comércio eletrônico em atrair consumidores que estão cada vez mais inclinados a comprar produtos online em seus smartphones e tablets.

Antes de o Magazine Luiza formalizar a primeira proposta, o grupo de comércio eletrônico B2W também afirmou em abril que analisava uma eventual compra da Netshoes.

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No final de abril, a Magazine Luiza anunciou acordo para ficar com a Netshoes por cerca de US$ 62 milhões, ou US$ 2 por ação.

No dia 23 de maio, porém, o grupo SBF, dono da rede de lojas Centauro, entrou na disputa com uma proposta da ordem de US$ 87 milhões, ou US$ 2,80 por ação.

No dia 26 de maio, o Magazine Luiza aumentou em 50% a sua oferta inicial, para US$ 93 milhões, o equivalente a US$ 3 por ação.

No dia 29 de maio, o grupo SBF, elevou a sua proposta para cerca de US$ 108,7 milhões, o equivalente a US$ 3,50 por ação e, no dia 11 de junho, subiu a oferta para US$ 3,70 por ação, para cerca de US$ 114,9 milhões.

Magazine Luiza contra-atacou e igualou a proposta da Centauro na quinta-feira (13), acrescentando ter conseguido a recomendação do Conselho de Administração da Netshoes para os acionistas votarem favoravelmente à aprovação da operação.

Também na véspera, a Centauro ofereceu pagar US$ 4,10 por ação, elevando para US$ 127,3 milhões o valor da oferta. O conselho da Netshoes informou, porém, que não teria tempo hábil para avaliá-la e recomendou a seus acionistas a proposta do Magazine Luiza.

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Economia

CCR arremata Lote três e investirá R$ 16 bilhões

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Ratinho Junior (Foto: AEN)

Com desconto de 26,6% em relação ao valor da tarifa de referência estipulada em edital (R$ 0,14596), a CCR S.A foi a vencedora do leilão do Lote 3 do novo pacote de concessões rodoviárias do Paraná, realizado na sede da B3, a Bolsa de Valores do Brasil, em São Paulo. Ele conecta a segunda cidade mais populosa do Estado, Londrina, com Curitiba e o Porto de Paranaguá. Com a proposta, os descontos em relação às antigas tarifas praticadas no trecho, se estivessem vigentes, podem ser de mais de 50%.

“Hoje damos mais um passo em direção à modernização das nossas rodovias, com muitas obras a um preço justo, em uma grande e transparente disputa na B3. Sem demagogia, sem falsas promessas, estamos tirando do papel o maior pacote de infraestrutura rodoviária da América Latina, o que vai dar mais segurança e agilidade às estradas do Estado”, afirmou Carlos Massa Ratinho Junior (PSD).

O leilão que definiu a vencedora foi disputado por quatro empresas interessadas. Além da CCR, participaram também os consórcios InfraBR V, Infraestrutura PR e Paraná 41 Oportunity.

Durante o leilão, as proponentes apresentaram envelopes com propostas com descontos que variavam de início entre 16,42% e 24,08% em relação à tarifa básica de pedágio. Como a diferença entre as melhores propostas foi menor do que 5%, o certame foi decidido em lances a viva-voz por três das empresas que ofereceram os maiores descontos. A disputa durou mais de 20 minutos, com 22 lances que aumentaram o desconto ofertado em 1,8% até a oferta vencedora da CCR.

O Lote 3 faz parte da Malha Norte, que abrange 22 cidades e faz a ligação do Norte do Estado com o eixo rodoviário da BR-277, chegando até o Porto de Paranaguá. São 569 quilômetros envolvendo as rodovias federais BR-369, BR-373 e BR-376, e as estaduais PR-170, PR-323, PR-445 e PR-090. A previsão é que a concessionária vencedora do leilão invista R$ 9,8 bilhões em obras, além de R$ 6 bilhões em serviços operacionais.

As rodovias atendidas nesse trecho atravessam as cidades de Sertaneja, Sertanópolis, Londrina, Cambé, Ibiporã, Tamarana, Mauá da Serra, Marilândia do Sul, Califórnia, Apucarana, Arapongas, Cambira, Jandaia do Sul, Mandaguari, Ortigueira, Imbaú, Faxinal, Tibagi, Ipiranga, Ponta Grossa, Palmeira e Balsa Nova. A previsão da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) é gerar 143 mil empregos, entre diretos, indiretos e efeito renda.

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PRINCIPAIS INTERVENÇÕES — Estão previstos 132 quilômetros de duplicações e 24,6 quilômetros de faixas adicionais. Entre as novidades está o Contorno de Apucarana, no Vale do Ivaí, ligando a BR-369 à BR-376 e com 13,8 quilômetros de extensão. A região também deve ganhar o Contorno de Califórnia, com pouco mais de cinco quilômetros, ligando dois trechos da BR-376.

Já Ponta Grossa ganhará dois novos contornos: o Contorno Norte, com extensão total de 14,65 quilômetros, entre a BR-376 e a BR-373, e o Contorno Leste, que vai ligar a BR-373 à PR-151 e terá 27,7 quilômetros de extensão.

O Lote 3 também vai concluir a duplicação da Rodovia do Café (BR-376), entre Mauá da Serra e Ponta Grossa. Serão duplicados 52,58 quilômetros da BR-376, divididos em quatro segmentos, passando por Mauá da Serra, Ortigueira e as proximidades de Imbaú.

Dentro das obras previstas neste lote também está a duplicação da PR-445 e da PR-323 entre Cambé, na região Norte, até a divisa com São Paulo. Outra obra importante prevista no contrato é a área de escape na Serra do Cadeado, em Mauá da Serra, que deve ser construída na altura do km 305 da BR-376.

Os contratos preveem que as principais intervenções sejam executadas nos primeiros anos dos 30 de vigência da concessão. A empresa contratada também deverá arcar com os custos operacionais durante o período, o que inclui serviços médico e mecânico, pontos de parada de descanso para caminhoneiros e sistema de balanças de pesagem.

Serão sete praças de pedágio (cinco existentes e duas novas), localizadas em Sertaneja, Mauá da Serra, Ortigueira, Imbaú, Tibagi, Londrina e na Colônia Witmarsum.

NOVIDADES – Segundo a ANTT, os projetos incluem a instalação de câmeras com tecnologia OCR para reconhecimento de placas, detecção automática de incidentes, painéis de mensagem variável, sistema de pesagem automático e monitoramento meteorológico. A conectividade será garantida em toda a concessão.

Esses contratos também permitirão a migração do sistema de cobrança convencional (praça de pedágio) para o sistema eletrônico de livre passagem (Free Flow), a pedido do Governo.

Outra vantagem do novo modelo é para os motoristas que costumam passar pelas praças de pedágio mais de uma vez ao mês. O sistema chamado de Desconto de Usuários Frequente (DUF) garante um desconto percentual cumulativo e variável de acordo com a praça baseado em cálculos técnicos ao longo de um mesmo mês. Usuários de tags também serão beneficiados com tarifa menor.

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MODELO — A concessão da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) seguiu as mesmas regras dos Lotes 1 e 2, leiloados em 2023 e em operação desde o início deste ano. Os principais pontos defendidos pelo Governo do Paraná e o setor produtivo do Estado desde o início da tramitação do processo eram de aliar preço justo e disputa pela menor tarifa, garantia de obras e ampla concorrência.

A elaboração do programa de concessões foi objeto de um amplo estudo técnico que envolveu a realização de diversas consultas públicas e milhares de colaborações de usuários, batendo o recorde de um processo deste tipo pela ANTT.

OUTROS LEILÕES — Com o fim da concessão do antigo Anel de Integração em 2021, o Governo, em parceria com a ANTT, governo federal e sociedade civil, trabalharam em um modelo inédito no País, unindo rodovias federais e estaduais em um mesmo programa, dividido em seis lotes.

O leilão do Lote 1 aconteceu em agosto de 2023, tendo como vencedor o Grupo Pátria, que deverá investir R$ 7,9 bilhões em obras de melhorias e manutenção em trechos das rodovias BR-277, BR-373, BR-376, BR-476, PR-418, PR-423 e PR-427.

Já o leilão do Lote 2 aconteceu um mês depois, em setembro, vencido pelo Grupo EPR, com investimentos previstos de R$ 10,8 bilhões em obras nas rodovias BR-153, BR-277, BR-369, PR-092, PR-151, PR-239, PR-407, PR-408, PR-411, PR-508, PR-804 e PR-855.

O leilão do Lote 6 acontece na próxima semana, no dia 19 de dezembro, também na B3. São 662 quilômetros das rodovias BR-163, BR-277, PR-158, PR-180, PR-182, PR-280 e PR-483, com investimento de R$ 20 bilhões. Os Lotes 4 e 5 serão leiloadas em 2025.

No total, serão 3,3 mil quilômetros de estradas concedidas à iniciativa privada, sendo 1,1 mil quilômetros destas de rodovias estaduais. Os investimentos devem ultrapassar R$ 60 bilhões durante as três décadas de contrato.

PRESENÇAS — Também participaram do leilão o vice-governador Darci Piana; os secretários estaduais de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex; da Fazenda, Norberto Ortigara; do Planejamento, Guto Silva; da Saúde, Beto Preto; o diretor-presidente do DER, Fernando Furiatti; o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; os deputados estaduais Alexandre Curi, Marcelo Rangel, Tiago Amaral, Adriano José e Do Carmo.

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