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Soja oscila no Brasil e em Chicago à espera de relatório do USDA

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O mercado da soja apresentou movimentos mistos no Brasil e no exterior nesta semana. Enquanto algumas praças brasileiras registraram quedas e estabilidade, os contratos futuros em Chicago tiveram volatilidade diante das expectativas pelo novo relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Soja tem quedas e estabilidade nas principais praças do Brasil

No Rio Grande do Sul, a oleaginosa registrou recuos no interior, enquanto os portos sustentaram valorização. De acordo com dados da TF Agroeconômica, os preços para entrega entre agosto e setembro ficaram em R$ 142,50 por saca (+0,35%) nos portos. Já no interior, em regiões como Cruz Alta, Passo Fundo e Santa Rosa, as cotações caíram para R$ 134,00 (-0,74%).

Em Santa Catarina, o cenário foi de estabilidade. No porto de São Francisco do Sul, a saca foi cotada a R$ 140,82 (+0,61%), em um ambiente descrito como de “calma relativa” pelos analistas, sem pressões imediatas de oferta ou demanda.

No Paraná, houve equilíbrio entre as negociações internas e o porto de exportação. Em Paranaguá, o preço alcançou R$ 142,72 (+0,15%), enquanto no interior os valores variaram: Cascavel a R$ 129,91 (+0,70%), Maringá a R$ 130,83 (+0,28%), Ponta Grossa a R$ 131,99 (+0,48%) e Pato Branco em R$ 123,00. No balcão de Ponta Grossa, o valor ficou em R$ 118,00 por saca.

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No Mato Grosso do Sul, os preços caíram de forma mais acentuada. Em Dourados, o spot ficou em R$ 123,47 (-2,78%), Campo Grande e Sidrolândia em R$ 123,47 (-5,02%), Chapadão do Sul em R$ 120,90 (-3,28%) e Maracaju registrou leve alta, a R$ 123,47 (+0,38%).

Já no Mato Grosso, as variações foram mistas. Campo Verde fechou a R$ 124,15 (-1,31%), Lucas do Rio Verde a R$ 121,52 (-1,11%), Nova Mutum a R$ 121,52 (+0,63%), Primavera do Leste a R$ 124,15 (+0,12%), Rondonópolis a R$ 124,15 (-4,87%) e Sorriso em R$ 121,52 (+1,78%).

Chicago fecha em baixa antes do WASDE

Na quarta-feira (10), a soja encerrou o pregão em Chicago com perdas, em movimento de cautela dos operadores antes da divulgação do relatório WASDE. O contrato para novembro caiu 0,58% (-6,00 cents/bushel), a US$ 1.025,25, enquanto janeiro recuou 0,55% (-5,50 cents/bushel), cotado a US$ 1.044,75.

No mercado de derivados, o farelo de outubro caiu 1,46% (-US$ 4,20/ton curta), a US$ 283,50, enquanto o óleo subiu 1,08% (+US$ 0,54/libra-peso), fechando em US$ 50,47.

Segundo a Reuters, a demanda chinesa pelo produto americano continua fraca, já que o país garantiu 95% das necessidades de outubro com compras da América do Sul, mantendo os prêmios da soja brasileira elevados.

Preços reagem nesta quinta-feira em Chicago

Já nesta quinta-feira (11), a soja voltou a subir na CBOT, ajustando-se após quedas consecutivas. Por volta das 7h15 (horário de Brasília), as altas variavam entre 4,75 e 5 pontos, levando o contrato novembro a US$ 10,30 e o maio, referência para a nova safra brasileira, a US$ 10,68 por bushel.

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As valorizações foram sustentadas pelos ganhos do óleo e do farelo, em meio a uma semana de forte volatilidade. No entanto, a ausência da China nas compras de soja norte-americana segue como um fator de pressão.

Para o Brasil, esse cenário continua positivo: os prêmios elevados e os preços acima de R$ 140,00 por saca nos portos asseguram boas margens de negociação ao produtor.

Expectativas para o USDA e cenário geopolítico

O relatório do USDA, esperado para esta sexta-feira (12), deve trazer dados atualizados sobre produtividade e exportações dos Estados Unidos. Além disso, tensões comerciais entre Washington e Pequim seguem no radar. Apesar da trégua tarifária temporária, novas pressões surgiram após declarações do ex-presidente Donald Trump, pedindo à União Europeia tarifas de até 100% contra a China pelo apoio às importações de petróleo russo.

Esse cenário de incerteza mantém a CBOT pressionada, mas, ao mesmo tempo, abre espaço para que o Brasil siga como fornecedor preferencial da soja no mercado global.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Mercado de feijão mantém preços firmes em outubro com oferta controlada e demanda cautelosa

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Mercado de feijão mantém preços firmes em outubro com oferta controlada e demanda cautelosa

O mercado brasileiro de feijão apresentou comportamento distinto em outubro, com diferenças marcantes entre os tipos carioca e preto. Enquanto o feijão carioca registrou estabilidade com leve tendência de alta, o feijão preto sofreu com liquidez baixa e estoques elevados. As condições de oferta, demanda e clima foram determinantes para o cenário atual, segundo o analista da Safras & Mercado, Evandro Oliveira.

Feijão carioca: equilíbrio tenso com preços sustentados

Após período de liquidez restrita e demanda enfraquecida, o feijão carioca avançou em outubro com uma recuperação técnica consolidada. Segundo Evandro Oliveira, a oferta segue controlada, majoritariamente formada por sobras de armazém e cargas pontuais de Minas Gerais e Goiás, muitas retidas pelos produtores à espera de melhores condições comerciais.

“A disponibilidade atual é formada, em grande parte, por sobras de armazém e cargas pontuais, muitas delas retidas pelos produtores”, afirmou o analista.

A qualidade do produto segue como fator decisivo nas negociações. Enquanto alguns lotes apresentam problemas de umidade e ressecamento, outros, como o tipo Dama, alcançam notas 9 e são altamente demandados por atacadistas e cerealistas, chegando a R$ 320,00/saca, com firmeza nos negócios e baixo risco de queda de preço.

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No varejo, a demanda se manteve seletiva, com compras pontuais. O mercado externo, por sua vez, sustentou os preços, mesmo com volumes limitados de exportação. A combinação de dólar valorizado e oferta controlada contribuiu para manter a estabilidade das cotações, apesar do consumo interno fraco.

Oliveira descreve o cenário como um “equilíbrio tenso: preços firmes, mas giro lento; compradores cautelosos, mas vendedores resistentes em reduzir valores”.

Clima e safra das águas influenciam perspectivas

O clima continuou sendo variável-chave em outubro. Chuvas irregulares, risco de estiagem localizada e frio tardio geraram preocupação sobre a instalação das primeiras lavouras da safra das águas. Combinado ao câmbio firme, esse cenário deve sustentar os preços até dezembro, quando as primeiras colheitas poderão redefinir o equilíbrio de mercado.

Feijão preto enfrenta liquidez baixa e excesso de oferta

Diferente do carioca, o feijão preto manteve liquidez mínima e negociações quase paralisadas. Apesar do suporte cambial e aumento das exportações, o volume embarcado ainda é insuficiente para reduzir o alto nível de estoques internos.

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As cotações ficaram estáveis em termos nominais, com referências FOB entre R$ 137 e R$ 138/saca em praças como Chapecó e Ponta Grossa. Segundo Oliveira, a aparente estabilidade esconde uma pressão moderada de baixa, causada pela ausência de compradores domésticos e lentidão do varejo, que opera com estoques de passagem.

O plantio da primeira safra no Sul avança lentamente devido a frio tardio, períodos de seca e alta presença de mosca-branca, fatores que elevam custos e exigem manejo mais intenso. Isso deve resultar em forte redução de área cultivada, especialmente no Paraná e Rio Grande do Sul, atuando como fator de sustentação futura dos preços.

Exportações seguem sendo o principal suporte, com embarques crescentes para países vizinhos da América do Sul e Caribe, impulsionados pelo dólar valorizado e boa aceitação do feijão brasileiro. Entretanto, a dependência do mercado externo deixa o setor vulnerável a variações cambiais e logísticas.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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