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Refugiados no Brasil são mais qualificados, mas têm menos chance de emprego

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Bem Paraná

Pesquisa coordenada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) traçou o perfil dos estrangeiros refugiados residentes no Brasil. Conforme o estudo, eles são mais bem qualificados, mas com menos oportunidades de emprego do que os brasileiros. Vindos em maior número da Síria e da República Democrática do Congo, os refugiados demonstram elevado capital linguístico e capital escolar acima da média brasileira. Grande parte tem formação de terceiro grau completo e muitos já concluíram alguma pós-graduação.

O excelente nível de qualificação, no entanto, não se reflete nas oportunidades de emprego ofertadas a essa população que massivamente está trabalhando em atividades diferentes da sua formação. A forma autônoma de trabalho é a adotada pela maioria dos refugiados e, dentre os que possuem emprego formal, poucos utilizam suas habilidades profissionais anteriores.

Os dados são da primeira pesquisa sobre o perfil socioeconômico dos refugiados no Brasil. Apresentado no dia 30 de maio, o estudo foi realizado por um conjunto de universidades brasileiras e coordenado nacionalmente pela UFPR, em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

Para a obtenção dos números, foram entrevistados 487 refugiados reconhecidos pelo Comitê Nacional para Refugiados (Conare) residentes em 14 cidades distribuídas em oito Unidades da Federação: São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Santa Catarina, Minhas Gerais e Amazonas. Juntas, essas regiões concentram 94% dos refugiados sob a proteção do governo brasileiro.

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De acordo com a pesquisa, São Paulo é o estado que mais recebe estrangeiros nessa situação (57,7%), seguido pelo Rio de Janeiro (17,86%) e pelo Rio Grande do Sul (7,39%). O Paraná é o quarto colocado acolhendo, atualmente, 6,78% dessa população que se divide, principalmente, entre as cidades de Curitiba e Foz do Iguaçu.

São pessoas que estão fora de seu país de origem devido a fundados temores de perseguição relacionados a questões de raça, religião, nacionalidade, pertencimento a um determinado grupo social ou opinião política, como também devido à grave e generalizada violação de direitos humanos e conflitos armados (ACNUR). O conjunto de refugiados no Brasil compreende mais de cinco mil pessoas e origina-se, majoritariamente, de quatro países: Síria, República Democrática do Congo, Angola e Colômbia.

O alto nível de capital linguístico e escolar apontado na pesquisa não tem se traduzido em capital econômico como emprego e renda. Esse dado pode ser explicado pelo preconceito racial e contra estrangeiros, pela falta de recursos para buscar trabalho, pela falta de documentos e, principalmente, pelo baixo índice de diplomas revalidados. Apenas 14 refugiados residentes no País já revalidaram seus diplomas. A UFPR, desde a resolução específica para migrantes humanitários e refugiados, revalidou 11 pedidos que se incluem nessas duas categorias.

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A coordenadora do Programa Política Migratória e Universidade Brasileira (Pmub),Tatyana Friedrich, explica que a plataforma Carolina Bori, sistema do  Ministério da Educação para gestão e controle de processos de revalidação e reconhecimento de diplomas estrangeiros no Brasil, oferece poucas vagas para realização desse procedimento nas instituições públicas de ensino superior, que são as únicas que podem revalidar. Além disso, a documentação exigida é muito grande.

Migrante quer continuar a estudar

A pesquisa mostra que a alta taxa de escolaridade dessa população apresenta-se como um estímulo à continuação dos estudos no Brasil. Muitos entrevistados demonstram interesse de estudar no País. A Universidade Federal do Paraná (UFPR), por exemplo, possui mais de cem alunos migrantes, refugiados e apátridas que ingressaram por diversas formas.
Entre outros dados da pesquisa comandada pela UFPR, revelou-se que cerca de 80% dos refugiados têm renda domiciliar inferior a R$ 3 mil, enquanto 20% recebem entre R$ 3 e R$ 5 mil e apenas 4% têm renda superior a esse valor. A imensa maioria dos entrevistados (91%) revelou ter amigos brasileiros, muitos refugiados fariam uma nova solicitação de refúgio no País (84%) e a maioria (57%) tem o desejo de trazer seus familiares para morarem no Brasil.

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Helder Lazarotto é novo presidente da Assomec

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Mauro Moraes, Bihl Zanetti, Eduardo Pimentel e João Carlos Ortega (Foto: Pedro Ribas/PMC)

O prefeito de Colombo, Hélder Luiz Lazarotto, é o novo presidente da Associação dos Municípios da Região Metropolitana (Assomec). Lazarotto e os integrantes da Chapa União tiveram seus nomes aclamados, no Salão de Atos do Parque Barigui, durante assembleia presidida pelo prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel.

Ele presidiu a Comissão Eleitoral e, até o ano passado, acompanhou a agenda da entidade como vice-prefeito de Curitiba e secretário estadual das Cidades.

O novo presidente, que sucede ao ex-prefeito de Campina Grande do Sul Bihl Zanetti, destacou os objetivos comuns dos municípios que participam da Assomec. “Todos, grandes ou pequenos municípios, temos nossas demandas e desafios. Nosso papel é avançar na construção de políticas públicas comuns e solucionar conflitos”, disse.

Integração na prática

Na Prefeitura de Curitiba, há exemplos dessas políticas. Na área da Segurança Alimentar foram abertas 15 unidades do programa Armazém da Família em Almirante Tamandaré, Doutor Ulysses, Fazenda Rio Grande, Tunas do Paraná, Agudos do Sul, Bocaiúva do Sul, Campo Magro, Colombo, Mandirituba, Pinhais, Piraquara, Quitandinha e São José dos Pinhais (alguns municípios com mais de uma loja). Moradores de Campo Largo e Quatro Barras podem comprar nas unidades em operação em Curitiba. Os Armazéns da Família vendem produtos 30% mais baratos que os praticados pelo comércio.

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Com a integração do transporte coletivo, é possível se deslocar entre Curitiba e municípios vizinhos sem pagar nova tarifa. Dos 15 milhões de passageiros por mês que usam o transporte de Curitiba, 3,2 milhões são da Região Metropolitana e entram no sistema sem precisar pagar nova passagem. Isso é possível porque há 22 terminais de integração, 242 linhas urbanas, 62 linhas metropolitanas que se integram com o sistema e quatro linhas mistas (urbanas e metropolitanas).

Assim, é possível percorrer uma distância de 43 quilômetros entre Fazenda Rio Grande a Colombo, passando por Curitiba e pagando apenas uma passagem (R$ 6). Desde 2017, foram retomadas linhas como Colombo/CIC, Pinhais/Rui Barbosa, Caiuá/Cachoeira, Barreirinha/São José e Roça Grande/Estação Solar.

Assomec
Em atividade desde a década de 1970, a Assomec reúne os 29 municípios da Região Metropolitana de Curitiba. São eles Adrianópolis, Agudos do Sul, Almirante Tamandaré, Araucária, Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campina Grande do Sul, Campo do Tenente, Campo Largo, Campo Magro, Cerro Azul, Colombo, Contenda, Curitiba, Doutor Ulysses, Fazenda Rio Grande, Itaperuçu, Lapa, Mandirituba, Piên, Pinhais, Piraquara, Quatro Barras, Rio Branco do Sul, Rio Negro, São José dos Pinhais, Quitandinha, Tijucas do Sul e Tunas do Paraná. Aí moram cerca de 3,6 milhões de pessoas, o que representa perto de 40% da população paranaense.

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Participam da assembleia que escolheu os novos dirigentes da Assomec o secretário da Casa Civil, João Carlos Ortega, representando o governador Ratinho Júnior; o deputado federal Toninho Wandscheer; os deputados estaduais Requião Filho, Mauro Moraes e Alexandre Curi; a secretária estadual das Cidades, Camila Mileke Scucato; o presidente da Associação dos Municípios do Paraná (AMP), Edimar Santos; e o secretário municipal extraordinário da Região Metropolitana de Curitiba, Thiago Bonagura, entre outras autoridades municipais.

Os prefeitos que conduzirão os trabalhos na Assomec permanecerão na entidade até o fim de 2026. Veja quem são eles:

Diretoria Executiva­­­­­­­­­­­­­­­­
Helder Luiz Lazarotto – Colombo – presidente
Mauricio Roberto Ribabem – Campo Largo – 1º vice-presidente
Marco Antonio Marcondes Silva – Fazenda Rio Grande – 2º vice-presidente
Rosa Maria de Jesus Colombo – Pinhais- secretária
Marcus Mauricio de Souza Tesserolli – Piraquara – tesoureiro

Conselho Fiscal
Margarida Maria Singer – São José dos Pinhais – presidente
Marco Antônio Baldão – Tunas do Paraná – membro ­­­­­­­
Jose Altair Moreira – Tijucas do Sul – membro

Suplentes
1º Rilton Boza – Campo Magro
2º Antônio Adamir Digner (Mostarda) – Contenda

Secretário-executivo
Neco Prado

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