Após muitas reclamações de passageiros do transporte coletivo de Curitiba e região, que criticavam os perigos de contaminação do coronavírus por causa da lotação dos ônibus da cidade, a Urbs, empresa municipal que gerencia o sistema na capital, implantou uma série de regras para evitar aglomerações no transporte público. A principal mudança acontece em terminais, de onde os ônibus deverão partir apenas com a lotação máxima de 50%, o que deve ser fiscalizado pela Urbs e Guarda Municipal.
A ação está sendo realizada no início da manhã e no fim da tarde, horários de maior movimento, nos terminais do Pinheirinho, Santa Cândida, Cabral, Campo Comprido, Boqueirão e Centenário. A fiscalização ocorre também nos tubos da Rui Barbosa, Carlos Gomes e Estação Central.
Além desta restrição de lotação, foram colocadas marcações no piso das estações-tubo para que os passageiros respeitem a distância mínima de 1,5 metro entre si, além de orientações a importância do uso de máscaras.
Fiscalização
Agentes da Guarda Municipal estão atuando em conjunto com os fiscais da Urbs na orientação dos passageiros. Nos últimos dias, por sinal, a Guarda Municipal já está atuando para evitar aglomerações, como a ação que ocorreu no Parque Barigui, onde motoristas que estavam frequentando o parque tiveram os carros multados como forma de evitar aglomeração. Nos próximos dias, folders explicativos devem ser entregues aos usuários.
Outra medida para tentar evitar aglomerações envolve a Comec, responsável por gerenciar o transporte coletivo na região metropolitana, e a Associação Comercial do Paraná (ACP). Os órgãos foram notificados pela prefeitura para que tomem providências no sentido de evitar aglomerações. O pedido na ACP é para que a entidade reforce a necessidade de um horário alternativo para abertura do comércio: entre 10h e 16h, evitando assim o horário de pico. Já com a Comec o objetivo era evitar que ônibus da mesma linha chegassem juntos a terminais.
“Com isso, estavam ocorrendo casos de três ônibus da mesma linha, chegando ao mesmo tempo nos terminais. Há um desequilíbrio nas linhas metropolitanas que interferem diretamente nas linhas urbanas; isso está sendo corrigido”, explicou Ogeny Pedro Maia, presidente da Urbs. As três entidades discutiram o assunto e as soluções por meio de uma teleconferência.