Política
Governo concede reposição salarial de 5,09% aos servidores estaduais, mas parcelada em três anos
Após dois meses de negociações comandadas em nome do Governo pelo deputado Hussein Bakri (PSD), o Governador Ratinho Junior (PSD) anunciou, nesta quarta-feira, 3, que pagará 5,09% de reposição salarial aos servidores estaduais. O índice, que será aplicado de forma parcelada, é superior à inflação de 4,94% dos últimos doze meses – maio de 2018 a abril de 2019.
“O Governador não vê o funcionalismo como despesa, mas como investimento. Na prática, os servidores representam o próprio Governo, espalhados por cada canto do Paraná, levando um serviço público de qualidade aos mais de 11 milhões de paranaenses. Reconhecendo esse papel importantíssimo, o Governador promoveu economias significativas no caixa nestes primeiros seis meses de gestão, que permitiram garantir esse direito aos servidores”, afirmou Hussein Bakri, que é Líder do Governo na Assembleia Legislativa.
Homem de confiança do Governador e representante do Legislativo na comissão permanente de negociação com o funcionalismo, que vinha se reunindo desde maio, Hussein Bakri já havia obtido conquistas para os servidores, sobretudo da área da Educação. Entre elas, a revogação de uma decisão da Procuradoria-Geral do Estado que restringia a contratação de professores PSS e a possibilidade de reposição – sem registro de falta e consequentes prejuízos na carreira – da paralisação do último dia 29 de abril.
A atuação do parlamentar do PSD vinha rendendo elogios dos servidores e, inclusive, de deputados da bancada de oposição ao Governo. “O deputado Hussein tem feito um esforço muito grande para a gente avançar. Ele não tem dia nem hora para estar conversando com os servidores. Tem feito várias reuniões e comparecido aos debates na comissão [permanente de negociação]”, disse da tribuna há duas semanas o Líder do PT, Professor Lemos.
Na mesma linha, o Líder da Oposição, Tadeu Veneri (PT), destacou que Bakri “tem cumprido todos os compromissos assumidos conosco”. Enquanto o peemedebista Requião Filho reconheceu o esforço do Líder do Governo em fazer a ponte entre Legislativo e Executivo, Soldado Fruet (Pros) chegou a afirmar que ele vinha fazendo “das tripas coração” para ajudar os servidores no pleito pela reposição salarial.
A proposta
Segundo a proposta anunciada pelo Governador Ratinho Junior, 0,5% será pago a partir de outubro deste ano e mais 1,5% a partir de janeiro do ano que vem. Outro 1,5% será aplicado em janeiro de 2021, no caso de a receita corrente líquida (RCL) do ano anterior ter crescido pelo menos 6,5%. O restante (mais 1,5%) incidirá em janeiro de 2022, desde que a RCL tiver apresentado crescimento mínimo de 7% nos doze meses anteriores.
A proposta prevê ainda reajuste no auxílio-alimentação, no vale-transporte e no salário mínimo regional; a fixação de 8 polos no interior para realização de perícias médicas; a retirada de tramitação na Assembleia do projeto da Lei de Eficiência na Gestão do Estado (LEGE); a manutenção do programa de promoções e progressões nas carreiras do funcionalismo; e que não haja mudança na atual forma de eleição dos diretores das escolas estaduais.
Além disso, haverá concursos públicos para contratação de 2.560 policiais militares; 400 policiais civis, sendo 50 delegados e 50 papiloscopistas e investigadores; 96 peritos e médicos para a Polícia Científica; 1.269 agentes de cadeia; 400 profissionais da saúde; 80 para a Adapar; de Quadro Próprio do Poder Executivo (QPPE) para a administração direta, IAP, DER, Ipardes e Teatro Guaíra; além de 988 professores.
Como condições para a assinatura do acordo, o Governo pede que os servidores assumam um compromisso público e explícito de concordância, além de aceitarem o fim da licença prêmio. Nesse caso, o funcionalismo deixaria de adquirir direito a novas licenças, enquanto as já adquiridas serão preservadas. Um cronograma seria estabelecido para indenizar ou assegurar o usufruto das licenças já adquiridas.
Política
PGE treta com relatório do Ibama contra mudanças no licenciamento ambiental
A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) publicou uma nota pública contestando a posição apresentada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) sobre o projeto de lei que propõe mudanças no licenciamento ambiental no Paraná. A proposta, que tramita na Assembleia Legislativa, busca atualizar as regras no estado e recebeu críticas do Ibama em uma manifestação técnica.
De acordo com a PGE, as observações feitas pelo Ibama não estão relacionadas às competências federais em questões ambientais, mas interferem diretamente nas atribuições do órgão estadual responsável pelo licenciamento no Paraná. O texto divulgado pela Procuradoria afirma que a atuação do Ibama sugere uma possível violação de princípios constitucionais, especialmente o da impessoalidade.
A nota ressalta que a PGE participou ativamente das análises prévias sobre a legalidade do projeto e validou sua constitucionalidade. Segundo o documento, eventuais objeções deveriam ter sido formalizadas por representantes jurídicos do Ibama, o que não ocorreu. A Procuradoria reforça ainda que o projeto busca aprimorar a legislação ambiental no estado, promovendo proteção ao meio ambiente sem prejudicar o desenvolvimento econômico.
Em tramitação na Assembleia Legislativa do Paraná, o Projeto de Lei nº 662/2024 já recebeu mais de 40 emendas parlamentares, que serão avaliadas pelos deputados nas próximas semanas. Entre os principais objetivos da proposta está a criação de um marco regulatório estadual para o licenciamento ambiental. Atualmente, o tema é regido por um emaranhado de decretos, portarias e resoluções, o que, segundo o governo estadual, gera insegurança jurídica tanto para investidores quanto para técnicos responsáveis pela emissão de licenças.
Outro ponto destacado pela PGE é o impacto positivo esperado com a modernização das normas ambientais. A medida pretende simplificar procedimentos e garantir maior clareza na análise de projetos, facilitando investimentos e impulsionando o desenvolvimento sustentável no Paraná. A proposta é apresentada como uma tentativa de equilibrar a preservação ambiental com a atração de novos empreendimentos, fator crucial para o crescimento econômico do estado.
As discussões em torno do projeto ocorrem em um momento de debate intenso entre governo estadual, órgãos federais e ambientalistas, com a busca por consenso sendo um desafio central nas próximas etapas da tramitação.
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