Curitiba
Ex-marido acusado de matar estudante a facadas em Curitiba vai a júri popular nesta segunda-feira

O júri popular do ex-marido acusado de matar a estudante de direito Mahara Carolina Scremin, Ênio Ivan Bertoncello, começou por volta das 9h50 desta segunda-feira (15), no Tribunal do Júri, em Curitiba.
Mahara tinha 23 anos e foi morta a facadas na casa onde morava, no Bairro Boqueirão, por ciúmes. O crime ocorreu em maio de 2017, e Ênio Ivan confessou o crime.
Dezessete testemunhas, entre elas um ex-namorado de Mahara e os pais dela, devem ser ouvidas antes do réu.
Bertoncello foi identificado e preso depois de ser flagrado por imagens de câmeras de monitoramento e depois do relato de uma testemunha.
À época do crime, o ex-marido chegou a colocar nas redes sociais uma mensagem de luto pela morte de Mahara e foi ao velório dela.
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Ênio chegou ao tribunal algemado por volta das 9h20 desta segunda-feira (15) — Foto: João Salgado/RPC
Relembre o caso
Ênio e Mahara foram casados por três anos e haviam se separado no início de 2017. Ele, porém, não aceitava o fim do relacionamento.
Na noite do dia 31 de maio, Ênio foi até a casa da ex-mulher e viu um carro na garagem. Imaginando ser o automóvel de um novo namorado da ex-esposa, ele comprou luvas cirúrgicas em uma farmácia, passou em casa, pegou uma faca, e voltou à residência de Mahara para esperar até que ela ficasse sozinha.
Quando o colega da estudante foi embora, explicam os investigadores, ele tocou a campainha, e assim que ela atendeu, a sufocou e a feriu com facadas no pescoço.
Depois de matar a ex-mulher, Ênio pegou o celular e o tablet dela na tentativa de simular um assalto e fugiu.
O corpo da estudante só foi encontrado por familiares um dia depois.
O que diz a defesa
O advogado Thiago Vianna Lopes, que defende Ênio Bertoncello, disse que espera que o julgamento seja imparcial e ético, respeitando os princípios da ampla defesa e do contraditório.
O advogado da família de Mahara, Adriano Colle, disse que a expectativa é de que Ênio seja condenando à pena máxima. “É um crime bastante emblemático e a família espera que ele seja punido com todo o rigor da lei”, argumentou o advogado .

Curitiba
Polícia prende suspeito de assassinar jornalista em Curitiba

O homem, de 27 anos, era investigado pelos crimes de roubo e extorsão contra seis vítimas. A polícia localizou o indivíduo em um flat no Centro da capital
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu o homem suspeito de assassinar o jornalista Cristiano Freitas. A vítima foi encontrada morta em sua casa, no bairro Jardim das Américas, em Curitiba, na tarde de terça-feira (4).
J. B. C., de 27 anos, era investigado pelos crimes de roubo e extorsão contra seis vítimas. Segundo as investigações, ele marcava encontros por aplicativo e depois realizava ameaças, com uso de arma de fogo, para que as vítimas efetuassem transações via pix.
As investigações apontam que o suspeito criava perfis falsos em redes sociais e se infiltrava em sites de relacionamentos para marcar encontros. Uma das vítimas relatou à polícia que foi forçada a fazer várias transações bancárias sob ameaças.
O veículo utilizado pelo suspeito, um HB20, foi identificado pela polícia, o que ajudou a localizá-lo em um flat no Centro de Curitiba. Ele foi levado para a Delegacia de Furtos e Roubos.
Morte de jornalista causou grande comoção
A morte de Cristiano Luis de Freitas provocou um choque e comoveu o meio. Nas redes sociais, foram muitas as homenagens ao jornalista de 48 anos.
Ele também integrava a equipe do Festival de Teatro de Curitiba, que divulgou uma nota de pesar:
“É com profunda tristeza que informamos o falecimento do jornalista Cristiano Freitas, membro da equipe de assessoria de imprensa do 33 º Festival de Curitiba, aos 46 anos. Apaixonado por arte e cultura, Cris teve uma trajetória marcante em diversos veículos de comunicação e se destacava como um grande conhecedor do teatro. Este ano, a convite do coordenador Maximilian Santos, realizou um antigo desejo ao integrar nossa equipe, trazendo sua experiência, talento e entusiasmo.
Infelizmente, nosso colega foi encontrado em sua casa, e a causa de sua morte ainda não foi esclarecida. Estamos todos consternados, em choque e profundamente tristes com essa perda repentina. Em poucos dias de trabalho conosco, Cris já havia deixado sua marca, contribuindo com entrevistas, ideias e pautas instigantes, sempre com dedicação e energia contagiante. Seu entusiasmo fará muita falta.
Expressamos nossos mais sinceros sentimentos à família, amigos e colegas que tiveram o privilégio de conhecê-lo e compartilhar momentos ao seu lado”.
No Instagram muitas postagens lembram com carinho do jornalista. “Uma das melhores pessoas que eu tive o prazer de conhecer na vida. Me ensinou TANTO. Um homem gentil, educado, atencioso, extremamente competente, sensível e acolhedor. Com um tino inacreditável para lidar e ensinar adolescentes. Um comunicador nato”, escreveu a vereadora Laís Leão (PDT).