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Estado aumenta mapeamento nutricional da população e detecta maus hábitos alimentares

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O Governo do Paraná monitora permanentemente a saúde dos paranaenses em todos os níveis e um dos resultados dessa ação é o aumento de 89% no número de pessoas que tiveram o estado nutricional avaliado nas Unidades de Saúde da Atenção Primária entre 2019 e 2022. Ele envolve a avaliação de marcadores do consumo alimentar. Os dados são preocupantes e indicam alta prevalência de excesso de peso e maus hábitos alimentares, com excesso de bebidas adoçadas e alimentos ultraprocessados.

De acordo com um levantamento da Secretaria da Saúde, os hábitos alimentares de 1.553.561 pessoas foram avaliados na Atenção Primária à Saúde (APS) em 2019 e 2.936.220 em 2022. Em 2012, foram 803.909 pessoas, o que aponta um aumento de 265% em uma década. Os números do ano passado envolveram cerca de 30% da população, o que garante uma avaliação mais detalhada e o delineamento do perfil do Paraná, fornecendo subsídios para o planejamento de ações voltadas às necessidades de saúde.

De maneira geral, a avaliação consiste na aferição do peso e da altura e em aplicar uma ficha elaborada pelo Ministério da Saúde, disponível no e-SUS com perguntas referentes ao consumo alimentar. Após o preenchimento dessas informações, por qualquer profissional de saúde, é possível avaliar o estado nutricional e ter pistas gerais da alimentação, o que subsidia o profissional a fazer uma orientação individualizada, bem como o desenvolvimento de ações coletivas e formulação de políticas públicas em todos os níveis de gestão do SUS.

Os dados são monitorados pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), que consolida registros realizados nos sistemas e-SUS APS, Sistema de Gestão do Programa Bolsa Família na Saúde e no próprio Sisvan.

ALIMENTAÇÃO INADEQUADA – O último relatório publicado pela Secretaria da Saúde foi a Situação Alimentar e Nutricional do Paraná – 2012 a 2022, que identificou presença de alimentos ultraprocessados e bebidas açucaradas na alimentação da maioria dos paranaenses avaliados em todas as fases da vida, com participação inclusive na alimentação de crianças menores de dois anos. Ele traz o diagnóstico nutricional referente à população que frequenta as unidades de saúde e serve de orientação para a gestão das ações de alimentação e nutrição no SUS.

Para a diretora da Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti Lopes, o relatório tem como premissa caracterizar o panorama da alimentação e do estado nutricional da população atendida no Sistema Único de Saúde (SUS) paranaense.  “Desta forma conseguimos dar maior visibilidade à situação alimentar e nutricional e orientar a organização do cuidado e da atenção nutricional, bem como ações de prevenção e promoção da saúde, em todas as esferas de gestão do SUS”, pontuou.

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Os dados demonstram uma alimentação de baixa qualidade, com altas taxas de obesidade em todas as faixas etárias e presença de desnutrição, especialmente em idosos e gestantes.

Os dados foram extraídos para todas as faixas etárias. Em 2022, último dado consolidado, até aos seis meses, apenas 56% dos bebês foram alimentados exclusivamente com o leite materno, número que cai para 49% quando avaliado o aleitamento materno continuado dos seis aos 23 meses de idade.

Para crianças acima de seis meses até dois anos foi avaliada também a diversidade alimentar mínima. Desse público em específico, 75% das crianças receberam seis grupos alimentares no dia anterior à avaliação, dentre eles o leite materno ou outro leite e/ou derivados; frutas, legumes e verduras; vegetais ou frutas fontes de vitamina A e ferro; carnes e ovos; feijão; e cereais e tubérculos.  

Já para as demais faixas etárias, acima dos dois anos e os idosos são os campeões em hábitos saudáveis em relação ao consumo de feijão, verduras e legumes. Cerca de 91% disseram consumir esses alimentos. Idades entre cinco a nove anos têm o menor percentual; 79% para o feijão e 63% para o consumo de verduras e legumes. Para as demais faixas etárias esses valores variam entre 85% a 90% para consumo de feijão e 71% a 88% para consumo de verduras e legumes.

O levantamento também apontou que existe um elevado consumo de bebidas adoçadas em todas as faixas etárias, inclusive para crianças menores de dois anos. Dentre as crianças dessa faixa etária, 34% já haviam consumido bebidas adoçadas. Nas demais faixas etárias, o consumo é menor em idosos, mas ainda assim bastante significativo (53% de consumo de bebidas adoçadas). Entre crianças, adolescentes, adultos e gestantes o percentual varia de 67% a 75%.

O consumo de alimentos ultraprocessados foi identificado em 53% das crianças menores de dois anos e ultrapassa 75% em todas as demais faixas etárias analisadas, sendo maior entre crianças e adolescentes (89%).

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REFLEXO ALIMENTAR – Como reflexo também dessa alimentação desequilibrada, o excesso de peso, que considera a somatória de sobrepeso e obesidade, apresenta níveis elevados no Paraná, com curva crescente ao longo do período analisado, com crescimento mais acelerado entre 2019 e 2021 e ligeira queda em 2022. Em 2020 ele ultrapassou pela primeira vez 50% da população consultada, o que se mantém até 2022 (52,87%).

A maior proporção de excesso de peso foi identificada na população adulta, 69%, e, destas, 35% estavam com obesidade. Mais da metade da população de idosos (55%) e de gestantes (55%) avaliados também apresentavam excesso de peso. Entre os adolescentes, 38% foram identificados com excesso de peso.

O sobrepeso e a obesidade também estão presentes na infância, atingindo 35% das crianças entre cinco e dez anos, 15% entre dois e cinco anos, 16% entre seis meses e dois anos e 7% das crianças menores de seis meses.

VIGILÂNCIA ALIMENTAR – A Vigilância Alimentar e Nutricional está prevista na Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, criada pelo SUS, além de ser uma das diretrizes da Política Nacional de Alimentação e Nutrição. É uma das estratégias essenciais para a organização e gestão do cuidado integral na Rede de Atenção à Saúde.

A produção de informações a partir dos dados registrados é uma importante ferramenta para apoiar os profissionais de saúde na avaliação do estado nutricional e do consumo alimentar da população e para o planejamento de intervenções.

O relatório Situação Alimentar e Nutricional do Paraná – 2012 a 2022 também traz dados das Macrorregionais de Saúde. Na Macrorregional Leste, por exemplo, mais de 69% dos adultos estão com sobrepeso ou obesidade. Na Macrorregional Oeste, são 67%, na Macrorregional Norte, 69%, e na Macrorregional Noroeste, 70%.

Os dados também investigam o estado nutricional de crianças de 0 a 6 meses, de 6 meses a 2 anos, de 2 a 5 anos, de 5 a 10 anos, de adolescentes, de idosos e de gestantes, a partir de aspectos como desnutrição e excesso de peso. Os valores analisados para crianças de 0 a 6 meses de idade em 2022 demonstram 5% de desnutrição, enquanto a obesidade atinge 2% e o excesso de peso 7%, sem grandes diferenças entre os sexos e com obesidade ligeiramente superior na Macrorregião Leste.

Confira o relatório completo AQUI .

Fonte: Governo PR

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Paraná

Delegação do Pará conhece modelo de negócio das cooperativista paranaenses

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O vice-governador Darci Piana recebeu nesta quinta-feira (2) uma comitiva da Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Pará (OCB/PA). Os representantes visitaram Curitiba para conhecer mais detalhes sobre o modelo de negócios das cooperativas paranaenses, que contam com um amplo apoio do Governo do Estado e que estão entre as maiores do País.

Piana lembrou que o cooperativismo paranaense é uma referência nacional e internacional, com boa parte das maiores cooperativas da América do Sul instaladas no Estado. “Essa pujança das cooperativas contribui com o desenvolvimento do Paraná e chama a atenção de outros estados, como no caso do Pará, em que os representantes buscam replicar esse modelo”, disse.

“O sucesso das cooperativas paranaenses está na sua organização, no bom relacionamento entre as instituições e, no caso das agrícolas, nos robustos investimentos em industrialização, o que agrega valor na produção, aumenta os lucros e a capacidade de geração de emprego e renda”, acrescentou o vice-governador.

O encontro foi intermediado pelo Sindicado e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar). Segundo o presidente da entidade, José Roberto Ricken, um dos principais fatores que explica o sucesso das cooperativas paranaenses é o planejamento de longo prazo.

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“O Governo do Estado busca o desenvolvimento do Paraná e o compromisso das cooperativas e da Ocepar é de investir cada vez mais em agregar valor aos produtos estaduais com o fortalecimento da agroindústria e em buscar oportunidades de negócios em outros países”, afirmou.

Ricken também considera que a atual gestão estadual tem acertado na condução das políticas públicas voltadas à infraestrutura e logística, sobretudo nos novos contratos de concessão rodoviária e no projeto da Nova Ferroeste.

“Infelizmente o Paraná passou 25 anos com um modelo de concessão rodoviária em que os investimentos previstos não foram feitos. Agora é preciso recuperar isso, além de investir em ferrovias, já que não é concebível continuar a escoar praticamente toda a produção estadual apenas pelo modal rodoviário”, argumentou o presidente da Ocepar.

Para o presidente da OCB/PA, Ernandes Raiol, o saldo da visita ao Paraná foi positivo e a intenção é estreitar ainda mais os laços para levar as experiências paranaenses ao estado da região Norte do País. “O Pará é um estado que está aberto para investimentos de toda a ordem, mas para isso precisamos melhorar a política pública voltada à produção, infraestrutura e logística”, ponderou.

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“Saímos satisfeitos por conhecer as estratégias do Governo do Paraná, da Ocepar e de outros parceiros do setor produtivo e com a certeza de que devemos trabalhar para melhorar a organização empresarial, investir em energia limpa, na pavimentação das nossas estradas vicinais e na viabilização da Ferrogrão”, concluiu Ernandes, referindo-se ao projeto já existente para a construção de um corredor ferroviário de exportação via Bacia Amazônica.

PRESENÇAS – Também estiveram presentes no encontro o superintendente da Ocepar, Robson Mafioletti; o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do Pará, Carlos Ledo; o deputado estadual do Pará Fábio Freitas; e o superintendente da OCB/PA, Junior Serra.

Fonte: Governo PR

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