Paraná
Construção do parque urbano de Cianorte vira referência no combate à erosão no Noroeste
A construção do Parque Urbano Manduhy, em Cianorte, carrega um imenso simbolismo ambiental para todo o Noroeste do Paraná no combate à erosão urbana. Ao permitir a recuperação de uma área degradada do município, proporcionando o controle das cheias, reflorestamento e impermeabilidade do solo, o complexo virou o modelo a ser seguido pelas demais cidades da região. É um projeto que alia desenvolvimento sustentável, lazer, turismo e educação ambiental em um mesmo espaço.
O equipamento de 157,8 mil hectares vai contar com pista de caminhada, ciclovia, quadra poliesportiva e de vôlei de areia, academia com aparelhos de alongamento, playgrounds, redários (espaços para colocação de redes), mirante e banheiros públicos. Vai receber também o projeto Poliniza Paraná, com a instalação de meliponário (jardim de mel) e hotel de abelhas solitárias.
O investimento do Governo do Estado, por meio do Instituto Água e Terra (IAT), é de R$ 4 milhões, com contrapartida municipal de R$ 433.804,09. O índice de conclusão é de 33% e a expectativa é que o parque entre em funcionamento no segundo semestre deste ano. O IAT é vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).
“É uma iniciativa conjunta entre Estado e município que busca o melhor aproveitamento possível de uma área de fundo de vale. Esse parque, mesmo antes de pronto, já traz benefícios enormes para Cianorte, como a valorização imobiliária. E depois de finalizado, servirá como um centro ambiental, urbanístico e de saúde para a cidade”, afirmou o diretor-presidente do IAT, Everton Souza.
GANHO AMBIENTAL – De acordo com Paula Coradin, coordenadora do setor de Projetos Especiais do IAT, divisão responsável pelos Convênios de Parques Urbanos, o principal objetivo do complexo é a recuperação de 15,5 hectares no fundo de vale e a consequente erosão existente no local. O projeto visa garantir que a taxa de permeabilidade do solo atinja no mínimo 70% como forma de minimizar os impactos negativos da expansão urbana. Ajudará também no controle das cheias, já que haverá o reflorestamento no entorno do Córrego Manduhy, que dá nome ao parque.
“O ganho ambiental é muito forte neste parque. Serão plantadas 660 mudas de árvores nativas de 13 espécies diferentes para a recuperação da área degradada pelo desmatamento ou por queimadas. Além disso, plantaremos mais de 10 mil metros quadrados de gramíneas para recuperação do solo e de erosões”, explicou.
O projeto contempla ainda a destinação adequada dos resíduos sólidos através da instalação de 80 lixeiras simples e sete jogos de lixeiras seletivas. “A cidade sonhava com esse projeto. É o momento especial, de agradecimento. As obras estão em andamento e queremos inaugurar esse parque ainda neste ano”, disso o prefeito de Cianorte, Marco Franzato.
FUNDOS DE VALE – O projeto Parques Urbanos busca incentivar a criação de parques em regiões de fundo de vale ou áreas com ações erosivas. Uma das características comuns a esses locais é a presença de recursos hídricos, o que aponta para a existência de Áreas de Preservação Permanente Ecológica (APP). Além do lazer e conservação ambiental, esses novos espaços atuam como potenciais turísticos para os municípios.
Lançado em 2019, o projeto recebeu investimentos de R$ 73 milhões, abrangendo 63 municípios paranaenses. Até o momento, 25 parques já foram concluídos e outros 38 estão em fase de execução ou licitação.
Para a criação de um parque urbano, os municípios devem identificar as áreas com características de fundo de vale ou com ações erosivas e apresentar um pré-projeto ao Setor de Projetos Especiais do Instituto Água e Terra.
Após aprovação do projeto, é firmado um convênio em que o IAT repassa os recursos financeiros de acordo com a progressão da obra. É necessário que o município tenha, além da aprovação do projeto e do convênio firmado, a Licença Ambiental e a Outorga ou dispensa de outorga emitidas pelo Instituto.
As 63 cidades contempladas neste momento são: Alto Paraíso, Altônia, Ampere, Andirá, Arapongas, Araruna, Assaí, Boa Ventura de São Roque, Brasilândia do Sul, Califórnia, Cambará, Campina da Lagoa, Campo Mourão, Cianorte, Cidade Gaúcha, Cornélio Procópio, Corumbataí do Sul, Cruzeiro do Iguaçu, Cruzeiro do Oeste, Diamante do Norte, Flor da Serra do Sul, Formosa do Oeste, Guaíra, Itaguajé, Janiópolis, Jardim Olinda, Juranda, Jussara, Kaloré, Laranjal, Mangueirinha, Maria Helena, Marilena, Maringá, Marquinho, Marumbi, Moreira Sales, Moreira Sales, Nova Londrina, Nova Olímpia, Perobal, Pitanga, Primeiro de Maio, Quatiguá, Quatro Barras, Querência do Norte, Rondon, Santa Cecília do Pavão, Santa Cruz do Monte Castelo, Santa Isabel do Ivaí, Santa Mônica, Santo Antônio da Platina, Santo Antônio do Sudoeste, São João, São João do Ivaí, São Tomé, Sapopema, Tapejara, Terra Rica, Umuarama e Ventania.
Fonte: Governo PR

Paraná
Caminhonete com família de MT capota e jovem de 18 anos morre em rodovia no Paraná

O acidente aconteceu na madrugada de terça-feira (04), entre o Distrito de Warta e Bela Vista do Paraíso (PR).
A jovem mato-grossense Ludmylla Moreno Taramelli, de 18 anos, morreu na madrugada de terça-feira (04), após a caminhonete S10 em que estava capotar na PR-445, entre o Distrito de Warta e Bela Vista do Paraíso (PR). Os pais dela e os irmãos de 16 e 2 anos, ficaram feridos.
A caminhonete era conduzida pelo pai de Ludmylla, Alex Sandro Alberto Moreno Taramelli, de 41 anos. A família, moradora de Rondonópolis (212 m de Cuiabá), estava a caminho de uma praia em Santa Catarina quando aconteceu o acidente.
No trajeto, o pai da jovem perdeu o controle da direção devido ao desnível entre o acostamento e a pista de rolamento, e o carro capotou por cerca de 30 metros. O veículo parou com as quatro rodas para cima.
Com o impacto, Ludmylla morreu no local. Já o pai dela, a mãe Valéria Antônio Moreno Alberto, de 39 anos, e os outros dois filhos do casal, ficaram gravemente feridos.
Os irmãos mais novos foram socorridos por um casal que passava pelo local no momento do acidente e levados para o Hospital da Zona Norte, em Londrina (PR).
Pouco tempo depois, já com a chegada das equipes do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o casal também foi encaminhado para a unidade hospitalar.
O atual estado de saúde dos feridos não foram divulgados. O corpo de Ludmylla foi encaminhado à Polícia Científica para perícia.
A Polícia Civil investiha o caso.