Política
Prefeitura do Mato Grosso tem energia cortada e dívida passa de R$ 200 mil

Na manhã desta terça-feira (26), a sede da Prefeitura de Ribeirão Cascalheira amanheceu sem energia elétrica devido a uma dívida acumulada com a concessionária Energisa, que já ultrapassa os R$ 200 mil. O corte no fornecimento deixou servidores municipais sem condições de trabalho, uma vez que os sistemas e computadores dependem de energia para funcionar.
Segundo informações apuradas, a Energisa confirmou que o desligamento ocorreu por falta de pagamento. Enquanto isso, a prefeita Luzia Brandão parece estar focada em outra questão: a entrega de casas populares inacabadas. O objetivo seria usar a entrega das residências como estratégia para agradar à população, mesmo diante de problemas na infraestrutura da obra.
A situação ganhou ainda mais destaque nesta manhã com a chegada de um fiscal da Secretaria de Infraestrutura (Sinfra) do Mato Grosso à cidade. Ele está vistoriando a obra das casas populares, que apresenta sérios problemas estruturais e de qualidade. Apesar disso, a prefeita estaria tentando convencer o fiscal a aprovar a entrega, mesmo com a obra inacabada.
A ausência de energia e as pendências financeiras da administração pública geram questionamentos sobre as prioridades da gestão municipal. Seguimos acompanhando os desdobramentos dessa situação e traremos mais informações em breve.

Política
PGE treta com relatório do Ibama contra mudanças no licenciamento ambiental

A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) publicou uma nota pública contestando a posição apresentada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) sobre o projeto de lei que propõe mudanças no licenciamento ambiental no Paraná. A proposta, que tramita na Assembleia Legislativa, busca atualizar as regras no estado e recebeu críticas do Ibama em uma manifestação técnica.
De acordo com a PGE, as observações feitas pelo Ibama não estão relacionadas às competências federais em questões ambientais, mas interferem diretamente nas atribuições do órgão estadual responsável pelo licenciamento no Paraná. O texto divulgado pela Procuradoria afirma que a atuação do Ibama sugere uma possível violação de princípios constitucionais, especialmente o da impessoalidade.
A nota ressalta que a PGE participou ativamente das análises prévias sobre a legalidade do projeto e validou sua constitucionalidade. Segundo o documento, eventuais objeções deveriam ter sido formalizadas por representantes jurídicos do Ibama, o que não ocorreu. A Procuradoria reforça ainda que o projeto busca aprimorar a legislação ambiental no estado, promovendo proteção ao meio ambiente sem prejudicar o desenvolvimento econômico.
Em tramitação na Assembleia Legislativa do Paraná, o Projeto de Lei nº 662/2024 já recebeu mais de 40 emendas parlamentares, que serão avaliadas pelos deputados nas próximas semanas. Entre os principais objetivos da proposta está a criação de um marco regulatório estadual para o licenciamento ambiental. Atualmente, o tema é regido por um emaranhado de decretos, portarias e resoluções, o que, segundo o governo estadual, gera insegurança jurídica tanto para investidores quanto para técnicos responsáveis pela emissão de licenças.
Outro ponto destacado pela PGE é o impacto positivo esperado com a modernização das normas ambientais. A medida pretende simplificar procedimentos e garantir maior clareza na análise de projetos, facilitando investimentos e impulsionando o desenvolvimento sustentável no Paraná. A proposta é apresentada como uma tentativa de equilibrar a preservação ambiental com a atração de novos empreendimentos, fator crucial para o crescimento econômico do estado.
As discussões em torno do projeto ocorrem em um momento de debate intenso entre governo estadual, órgãos federais e ambientalistas, com a busca por consenso sendo um desafio central nas próximas etapas da tramitação.