Agro
Plantio do trigo avança no Paraná
A estimativa de área do trigo mantém-se em 1 milhão de hectares, mas é 9% menor do que na safra passada, segundo dados do relatório do Deral – Departamento de Economia Rural, da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.
O plantio avança nos campos. O período seco depois as chuvas intensas no Paraná contribuiu para esse resultado, favorecendo a entrada das máquinas a campo. As condições das lavouras plantadas estão 95% boas e 5% médias. No mesmo período do ano passado, os índices eram de, respectivamente, 79% e 17%. A expectativa de produção é de 3,2 milhões de toneladas, 15% a mais do que na safra anterior.
O destaque negativo do atual relatório está nas áreas mais secas do Norte Pioneiro, região que tradicionalmente tem problemas com a falta de umidade. “Estamos com 3% da área em floração e, com isso, mais suscetíveis a geadas”, afirma o engenheiro agrônomo do Deral, Carlos Hugo Winckler Godinho. “A partir de agora, começa um período mais crítico para o trigo, quando necessita de um pouco mais de água e não sofrer com geadas fortes nas regiões que estão entrando em florescimento”, acrescenta.
Apesar de começar a safra com valores melhores do que em 2018, agora o preço do trigo no Paraná estabilizou na comparação com o ano passado, e a saca de 60 kg é comercializada por R$ 46,00.
De acordo com os meteorologistas da Climatempo, há uma expectativa de chuva nestes primeiros dias de julho. A temperatura cai de forma acentuada no decorrer desta semana e há previsão de geada para o dia 06/07.
CEVADA
A cevada tem 34% da área plantada, o dobro na comparação com o mesmo período do ano passado. Do total de 58 mil hectares estimados, 20 mil estão plantados. A área é 4% maior do que no ano passado, quando foi de 55,6 mil hectares.
A região de Ponta Grossa, segunda maior produtora, já plantou 70% da área. Guarapuava, que lidera a produção no Paraná, está com 20% da área plantada e tem 50% da produção comercializada, de acordo com engenheiro agrônomo do Deral, Rogério Nogueira. A estimativa cresceu 20% em relação à safra passada, atingindo 264 mil toneladas.
FOTO: Reprodução
Agro
Goiás decreta situação de emergência em 25 municípios por conta da seca
Em uma medida drástica para enfrentar a grave estiagem que assola o estado, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, decretou situação de emergência em 25 municípios. A falta de chuvas, acompanhada de calor excessivo e a consequente perda de umidade do solo, tem impactado severamente a produção agrícola nas regiões, comprometendo não apenas a economia local, mas também a subsistência de comunidades.
Publicado na última segunda-feira (05.02), o decreto entra em vigor com uma duração prevista de 180 dias, abrangendo uma vasta área que inclui municípios das regiões oeste e norte do estado, como Acreúna, Porangatu, Quirinópolis e Santa Helena de Goiás, entre outros. Essas áreas são conhecidas por sua atividade agropecuária intensa, o que ressalta a gravidade da situação atual.
O governo do estado tomou essa decisão após observar o volume significativamente baixo de chuvas e as extremas condições climáticas que perduram por longos períodos sem precipitação. Em vários casos, a perda de umidade do solo ultrapassou a capacidade de reposição natural, uma situação alarmante para a agricultura e pecuária locais.
O decreto classifica a situação como “estiagem” de nível 2, ou de média intensidade, seguindo a Classificação e Codificação Brasileira de Desastres (Cobrade) e normas do Ministério do Desenvolvimento Regional. Essa classificação implica em uma série de medidas emergenciais que o estado poderá adotar para mitigar os efeitos da seca, incluindo a possibilidade de acesso a recursos federais para apoio e recuperação das áreas afetadas.
A decisão de declarar estado de emergência reflete a urgência em responder aos desafios impostos pela natureza, buscando minimizar o impacto sobre a população e a economia dos municípios goianos. Com a agricultura sendo um dos pilares da economia do estado, a estiagem representa não apenas uma crise ambiental, mas também social e econômica, afetando diretamente a vida de milhares de agricultores e habitantes dessas regiões.
O governo de Goiás, junto a órgãos competentes, agora trabalha na implementação de estratégias de enfrentamento à estiagem, enquanto monitora de perto a situação climática dos municípios em emergência, esperando que medidas paliativas possam aliviar os efeitos devastadores da seca prolongada.
Fonte: Pensar Agro
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