Paraná
Governo do Paraná proíbe corte de luz, água e gás durante a pandemia
O governador Ratinho Jr sancionou nesta quinta-feira (23) lei que proíbe em todo o Paraná o corte no abastecimento de luz, água e gás durante a pandemia do coronavírus. A lei também proíbe os planos de saúde de cobrar taxas extras de pacientes com covid-19. Por último, a nova lei ainda proíbe os estabelecimentos privados de saúde de recusarem pacientes com suspeita de coronavírus. A sanção do governo vem após o projeto de lei número 167/2020 ser aprovado por todos os deputados estaduais.
A lei atende especialmente a população carente do estado, além de pequenos e médios empresários que enfrentam a crise econômica causada pela pandemia. Estão enquadrados no benefício famílias com renda de até três salários mínimos (R$ 3.135) ou até meio salário mínimo por pessoa (R$ 522,50); pessoas com mais de 60 anos; pessoas com coronavírus, doenças graves ou infectocontagiosas; pessoas com deficiência; trabalhadores informais; comerciantes enquadrados como micros e pequenas empresas, além de microempreendedores individuais.
O governo do estado ainda vai regulamentar o pagamento parcelado das dívidas geradas durante a pandemia. “O governo tem se dedicado muito a amenizar o impacto de toda essa questão econômica decorrente da pandemia”, afirmou Ratinho Junior.
Logo no começo da pandemia, o governo do estado lançou um pacote de R$ 1 bilhão destino a pequenos empreededores e trabalhadores autonônomos, como motoristas de aplicativos, manicures, entre outros.
Paraná
Seminário atualiza profissionais da saúde sobre a tuberculose e enfatiza a prevenção
Atualizar profissionais da saúde e estudantes da área sobre a tuberculose (TB), uma das doenças infecciosas que mais mata no mundo, é o objetivo do seminário realizado por meio da parceria da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e a Faculdade Pequeno Príncipe, nesta quarta e quinta-feira (17 e 18), em Curitiba. O foco é a prevenção.
Participam do II Seminário de Tuberculose técnicos de referência desta doença das 22 Regionais de Saúde, do Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen-PR), do Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), da Polícia Penal do Paraná (PPPR) e da Vigilância Epidemiológica e Promoção à Saúde estadual e municipais.
Fernanda Dockhorn, do Ministério da Saúde, falou sobre o papel do Paraná no fortalecimento das ações em relação à doença. “O Estado é um exemplo para nós, pois segue as diretrizes nacionais e discute, permanentemente, os pontos a serem trabalhados dentro da Rede. A articulação é muito importante”, disse ela.
O consultor nacional da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Tuberculose e Hanseníase no Brasil, Kleydson Andrade, foi um dos palestrantes e destacou a conscientização, discussão e promoção da educação em saúde voltada a essa doença milenar, que ainda causa óbitos no Brasil. “A prevenção é o caminho, mas também requer esforços coordenados e deve unir forças com outras esferas, como a justiça e assistência social. Ela tem tratamento preventivo e muito eficaz e pode evitar até 92% dos casos da doença”, alertou.
ESTRATÉGIA GLOBAL – Dentre os assuntos abordados no encontro estão a estratégia global para o enfrentamento da tuberculose, a doença em populações vulneráveis, farmacologia clínica e na abordagem do paciente, as novas tecnologias dentro do Sistema Único da Saúde (SUS) para diagnóstico, além da troca de experiências entre os profissionais.
DOENÇA – Problema de saúde pública, a tuberculose acomete principalmente os pulmões, mas pode atingir outros órgãos ou sistemas, como a pleura, gânglios linfáticos e ossos. O tratamento dura no mínimo seis meses, é gratuito e dispensado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), assim como o seu diagnóstico, que pode ser realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
O Brasil é um dos 30 países com a maior carga de tuberculose no mundo e faz parte da lista de daqueles prioritários para a TB e dos compromissos internacionais pela eliminação da doença, dentro dos Objetivos de Sustentável das Nações Unidas (ONU). Em 2023, foram diagnosticados mais de 80 mil casos novos da doença, com incidência de 37 casos por 100 mil habitantes.
No Paraná, entre 2021 e 2023, houve um aumento de 22,6% no número de casos. Foram 2.650 novos registros, que correspondem à incidência de 22,8/100 mil habitantes, em 2023. Em relação ao coeficiente de mortalidade, considerando que tem tratamento e o óbito é evitável, houve um aumento no Paraná de 29%, com 158 mortes em 2019 e 205, em 2022.
“O Plano Estadual pelo Fim da Tuberculose tem como metas reduzir o coeficiente de incidência para menos de 10 casos por 100 mil habitantes no Paraná até 2030 e o número de óbitos em 95%”, ressaltou a diretora da Atenção e Vigilância, Maria Goretti Lopes. “O fortalecimento do cuidado integral às pessoas e comunidades, com estratégias a serem implementadas na Rede de Atenção à Saúde do Paraná (RAS), em alinhamento com o Plano Nacional para o enfrentamento, são prioridade para a Sesa nesta área da saúde”, complementou a diretora.
A Secretaria da Saúde alerta para sintomas e cuidados que devem ser tomados em relação à tuberculose:
– Tosse por três semanas ou mais pode ser tuberculose. A recomendação é procurar a UBS mais próxima da residência
– O tratamento deve ser realizado até o final
– Os profissionais devem estar atentos às pessoas com sintomas respiratórios
– O diagnóstico e tratamento estão disponíveis no SUS
– Toda a criança deve ser vacinada ao nascer com a BCG
– O acolhimento e o vínculo com a pessoa com tuberculose fazem toda a diferença para adesão ao tratamento e cura da doença
– Pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA) têm mais chance de adoecer por TB
– Estigma e discriminação podem afastar as pessoas do tratamento
Fonte: Governo PR
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