Agro
Contratação de crédito rural até maio totaliza R$ 158,7 bilhões

Os agricultores brasileiros contrataram em instituições financeiras R$ 158,7 bilhões em financiamentos de crédito rural entre julho de 2018 e maio deste ano referente ao Plano Agrícola e Pecuário 2018/2019, que se encerra neste mês.
O desembolso representa 6% a mais se comparado ao aplicado no mesmo período do Plano Safra 2017/2018.
Os números fazem parte do Balanço de Financiamento Agropecuário Safra 2018/2019, divulgado pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com base nos dados do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), do Banco Central.
As contratações do crédito rural para custeio somaram R$ 88,3 bilhões, com acréscimo de 6% em relação ao desembolso de julho/2017 a maio/2018. A industrialização totalizou R$ 6,6 bilhões (+ 1%) e a comercialização, R$ 23,8 bilhões (- 9%).
Para os investimentos, os desembolsos alcançaram R$ 40 bilhões, registrando um expressivo aumento de 17% em relação aos valores aplicados na safra anterior, com destaques para os programas do PCA (Programa para Construção e Ampliação de Armazéns) com R$ 1,1 bilhão (+ 76%) e o Moderagro (projetos de modernização e expansão da produtividade nos setores agropecuários) com R$ 840 milhões (+ 47%).
De acordo com Eduardo Sampaio Marques, secretário de Política Agrícola do Mapa, a demanda por recursos nos programas de investimento com expansão de 17% é um indicador da confiança do produtor rural em relação às perspectivas de mercado.
Por outro lado, o secretário destaca a eficácia da política de diversificação das fontes de recursos para o “funding” do crédito rural, evidenciada pelo aumento, de 24% para 32%, na participação dos recursos não controlados (taxas de juros livres) no total do crédito rural, principalmente por meio do direcionamento da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) para a agricultura.
A participação dos recursos da fonte LCA no total dos financiamentos agropecuários na atual safra, até o mês de maio, passou de R$ 20,7 bilhões para R$ 28,5 bilhões.
Fonte: Mapa

Agro
Goiás decreta situação de emergência em 25 municípios por conta da seca
Em uma medida drástica para enfrentar a grave estiagem que assola o estado, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, decretou situação de emergência em 25 municípios. A falta de chuvas, acompanhada de calor excessivo e a consequente perda de umidade do solo, tem impactado severamente a produção agrícola nas regiões, comprometendo não apenas a economia local, mas também a subsistência de comunidades.
Publicado na última segunda-feira (05.02), o decreto entra em vigor com uma duração prevista de 180 dias, abrangendo uma vasta área que inclui municípios das regiões oeste e norte do estado, como Acreúna, Porangatu, Quirinópolis e Santa Helena de Goiás, entre outros. Essas áreas são conhecidas por sua atividade agropecuária intensa, o que ressalta a gravidade da situação atual.
O governo do estado tomou essa decisão após observar o volume significativamente baixo de chuvas e as extremas condições climáticas que perduram por longos períodos sem precipitação. Em vários casos, a perda de umidade do solo ultrapassou a capacidade de reposição natural, uma situação alarmante para a agricultura e pecuária locais.
O decreto classifica a situação como “estiagem” de nível 2, ou de média intensidade, seguindo a Classificação e Codificação Brasileira de Desastres (Cobrade) e normas do Ministério do Desenvolvimento Regional. Essa classificação implica em uma série de medidas emergenciais que o estado poderá adotar para mitigar os efeitos da seca, incluindo a possibilidade de acesso a recursos federais para apoio e recuperação das áreas afetadas.
A decisão de declarar estado de emergência reflete a urgência em responder aos desafios impostos pela natureza, buscando minimizar o impacto sobre a população e a economia dos municípios goianos. Com a agricultura sendo um dos pilares da economia do estado, a estiagem representa não apenas uma crise ambiental, mas também social e econômica, afetando diretamente a vida de milhares de agricultores e habitantes dessas regiões.
O governo de Goiás, junto a órgãos competentes, agora trabalha na implementação de estratégias de enfrentamento à estiagem, enquanto monitora de perto a situação climática dos municípios em emergência, esperando que medidas paliativas possam aliviar os efeitos devastadores da seca prolongada.
Fonte: Pensar Agro