Agro
Brasil atinge recordes no milho, mas tem muitas incógnitas neste semestre
O milho vive tempos de recordes no Brasil. A produção, pela primeira vez, deverá superar os 100 milhões de toneladas. O consumo interno, também recorde, deverá subir para 62 milhões de toneladas, enquanto as exportações podem chegar a um patamar nunca registrado antes: 38 milhões de toneladas.
Os números são de André Pessôa, da Agrocconsult, que destaca ainda a possibilidade de a produtividade média da safrinha superar as cem sacas por hectare.
A safra recorde é um consenso entre os analistas do setor, mas eles divergem muito em relação às exportações. Pessôa diz que, com um dólar em alta no segundo semestre e queda de produção nos Leonardo Sologuren, da Horizon Company, e Daniele Siqueira, da AgRural, por ora, apostam em volumes menores: de 32 milhões a 34 milhões de toneladas.
Sologuren diz que consumo e exportações de milho vão depender do ritmo da economia interna, ainda incerto. Ele prevê, porém, um período de alta nos preços neste segundo semestre, sustentados pelas exportações.
Para Siqueira, “o cenário é bom para as exportações, mas são muitas as variáveis que vão determinar o volume de vendas externas”. Um dos principias fatores é o tamanho da safra dos Estados Unidos.
Afinal, não se sabe nem a área que foi plantada por lá, diz ela. Outro ponto chave será a resistência do produtor brasileiro às vendas do cereal.
Se ele guardar o produto sempre à espera de preços maiores, o importador vai procurar outros mercados, como os da Argentina e da Ucrânia.
Os argentinos tiveram uma safra histórica, próxima de 50 milhões de toneladas, e a competitividade do produto deles é melhor do que a do brasileiro, afirma Siqueira.
A Ucrânia, que abasteceu boa parte do mercado externo nos meses de novembro do ano passado a abril deste, poderá ter nova safra elevada e voltar ao mercado internacional.
“Um dos exercícios mais difíceis do momento é estimar a exportação do cereal”, diz ela.
Agro
Aberturas de mercado para o Brasil no Líbano e na Tanzânia
O governo brasileiro concluiu negociações sanitárias com os governos do Líbano e da Tanzânia que permitirão ao Brasil exportar diversos produtos do agronegócio para aqueles países.
No Líbano, as autoridades sanitárias autorizaram o Brasil a exportar bovinos e bubalinos vivos para reprodução. Em 2024, o Líbano importou mais de USD 195 milhões em gado vivo, de diversos países. Esta nova abertura de mercado fortalece a posição comercial do Brasil, que, no mesmo ano, exportou cerca de USD 432 milhões em produtos agropecuários para o Líbano, com destaque para carnes, complexo sucroalcooleiro e café.
Na Tanzânia, as autoridades locais autorizaram o Brasil a exportar os seguintes gêneros de produtos: produtos cárneos e termoprocessados de aves, bovinos, ovinos, caprinos e suínos; material genético avícola (ovos férteis e pintos de um dia); material genético bovino (embriões in vivo e in vitro); e bovinos vivos para reprodução. Com população de 68 milhões de habitantes e trajetória de crescimento econômico, a Tanzânia representa oportunidades futuras de negócio para os produtores brasileiros. Em 2024, a Tanzânia importou cerca de USD 31 milhões em produtos agropecuários do Brasil, com destaque para o setor sucroalcooleiro.
Com estes anúncios, o agronegócio brasileiro alcança 486 aberturas de mercado desde o início de 2023.
Tais resultados são fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).
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