Política Nacional
Bolsonaro leva Moro para jogo do Flamengo em estádio de Brasília

O presidente Jair Bolsonaro levou na noite desta quarta-feira (12) o ministro da Justiça, Sérgio Moro, ao Estádio Mané Garrincha, em Brasília, para assistir ao jogo entre Flamengo e CSA, pelo Campeonato Brasileiro.
Bolsonaro e Moro estavam na tribuna do estádio quando um torcedor jogou uma camisa do Flamengo para o presidente, que a vestiu. Logo depois, Bolsonaro pediu aos torcedores que jogassem outra, para Moro poder usar. Um torcedor, então, jogou. E o ministro da Justiça vestiu (veja no vídeo acima).
Em outro momento, quando ainda não estavam usando a camiseta do clube, Bolsonaro e Moro ergueram os braços, e parte dos torcedores os aplaudiu (veja no vídeo abaixo).
Também compareceram ao jogo o vice-presidente Hamilton Mourão e o ministro Paulo Guedes (Economia).
Durante o intervalo do jogo, Bolsonaro e Moro deixaram as cadeiras da tribuna e se dirigiram a um local onde conversaram a sós por alguns minutos (veja na foto abaixo). Depois, outras pessoas que também estavam na tribuna se aproximaram dos dois.
Mensagens
Bolsonaro ainda não se pronunciou publicamente sobre o episódio em que o site “The Intercept” revelou mensagens atribuídas a Moro e a integrantes da força-tarefa da Lava Jato. Segundo o site, o ministro orientou a atuação de procuradores quando ainda era juiz.
Quando as mensagens foram reveladas, o ministro negou ter orientado a atuação da força-tarefa. O Ministério Público Federal no Paraná também já se manifestou, afirmando que a atuação dos procuradores é “revestida de legalidade, técnica e impessoalidade”.
Bolsonaro e Moro se reuniram mais cedo, nesta quarta-feira. De acordo com o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, no encontro, o presidente e o ministro discutiram o episódio envolvendo as mensagens.
Na terça, também se encontraram, no Palácio da Alvorada, e participaram de um evento em Brasília juntos. Bolsonaro encerrou uma entrevista em São Paulo quando recebeu uma pergunta sobre o assunto.
O porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, foi questionado nesta quarta-feira sobre o fato de Bolsonaro já ter dito que indicará Moropara o Supremo quando surgir uma vaga. “Mudou alguma coisa após as revelações?”, indagou o repórter.
“O presidente acompanha com a serenidade que deve ser natural num chefe de poder, em especial do chefe do Poder Executivo, a quem o ministro é subordinado e a quem o ministro tem o dever de apresentar ao senhor presidente as demandas do seu ministério, especialmente as demandas que estão a afetá-lo pessoalmente ou institucionalmente. É nesse sentido que o presidente vem relacionando-se com o ministro Sérgio Moro. E não apenas com ele, relacionando-se com todos os ministros do governo num ambiente de sã camaradagem e de confiança”, respondeu Rêgo Barros.

Paraná
Gleisi Hoffmann defende gabinete “informal” de Janja

A deputada federal paranaense entrou na esfera da imoralidade ao defender os gastos públicos do governo federal com servidores que trabalham em um gabinete “informal” da paranaense de União da Vitória, Janja Lula da Silva, mulher do presidente de esquerda, Luiz Inácio Lula da Silva, para Gleisi Hoffmann, a primeira dama trabalha em “causas muito objetivas, como a defesa dos direitos das mulheres contra a violência, o incentivo e difusão nacional e internacional da cultura, a causa dos direitos animais, entre tantas outras” e precisa de auxiliares.
A oposição diz que não há previsão na lei brasileira para a 1ª dama ter servidores disponíveis para um gabinete “informal”.