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Agro

Produtores de soja têm pressa para início do novo Plano Safra; agricultores familiares mostram apreensão

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Por Rikardy Tooge, G1

Produtores rurais estão com opiniões divididas após a divulgação do Plano Safra 2019/20, lançado nesta terça-feira (18), em Brasília. Para produtores de soja, o atraso no lançamento do plano prejudicou o planejamento da atividade, já para agricultores familiares, existe apreensão para os próximos anos.

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Bartolomeu Braz Pereira, afirmou que o setor tem pressa para que as novas linhas sejam implementadas pelos bancos.

Braz disse que o atraso no anúncio do plano, provocado pelo impasse na liberação do crédito suplementar pelo Congresso ao governo federal, afetou o calendário do principal produto do agronegócio brasileiro.

“A demora no anúncio [do plano] atrasou a retirada do pré-custeio [financiamento que agricultor utiliza para compra de insumos] com juros controlados [valor abaixo do preço de mercado]. A taxa de juros para grande produtor subiu de 7% para 8% [ao ano] e isso tira competitividade, mas a gente entende que é do momento do país”, disse.

Para os representantes da agricultura familiar, um ponto positivo foi o anúncio de R$ 500 milhões para a construção de 10 mil moradias rurais, uma novidade no plano. Mas o setor queria pelo menos R$ 3 bilhões para garantir a construção de 60 mil casas.

“Nós pedimos R$ 3 bilhões com juros subsidiados, mas a minha expectativa é que as 10 mil [moradias] sejam um início para avaliar [mais recursos] para o próximo ano. É um bom começo”, disse o secretário de política agrícola da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), Antoninho Rovaris.

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governo anunciou nesta terça que vai liberar R$ 225,59 bilhões em financiamentos para pequenos, médios e grandes produtores. A liberação dos recursos do plano agrícola começará em 1º de julho e seguirá até junho do ano que vem. O valor é pouco acima dos R$ 225,3 bilhões anunciados na safra passada.

Menos burocracia

Para a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a promessa do governo de enviar uma Medida Provisória para distribuir os recursos oficiais subsidiados para bancos privados e cooperativas pode dar mais competitividade para o setor.

A confederação destacou ainda que o Plano Safra desta temporada vai diminuir a burocracia do setor.

“Um exemplo é a questão das garantias bancárias, agora o produtor não vai precisar hipotecar a propriedade inteira, a garantia vai ser correspondente ao valor do financiamento, isso dá mais agilidade e ajuda quem produz mais de uma cultura”, explicou o superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi.

Apreensão

Os representantes da agricultura familiar estão apreensivos com o futuro de políticas públicas para o setor, especialmente sobre o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

A justificativa é que a ideia do governo de unir pequenos e grandes produtores em um mesmo plano, o que não acontecia há mais de duas décadas, possa mudar o direcionamento de recursos públicos para a atividade.

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“A única diferença foi o crédito [maior], mas outras políticas não foram anunciadas e isso causa apreensão sobre a continuidade do Pronaf, se vamos continuar tendo crédito diferenciado, compras do PAA [Programa de Aquisição de Alimentos] e a que condições”, afirmou Rovaris.

Novidade do plano

Outra novidade do Plano Safra 2019/20 foi a inclusão de pesca e aquicultura nas linhas de financiamento desta temporada. O presidente da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), Francisco Medeiros, explica que a mudança facilita o acesso ao crédito.

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Agro

Goiás decreta situação de emergência em 25 municípios por conta da seca

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Em uma medida drástica para enfrentar a grave estiagem que assola o estado, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, decretou situação de emergência em 25 municípios. A falta de chuvas, acompanhada de calor excessivo e a consequente perda de umidade do solo, tem impactado severamente a produção agrícola nas regiões, comprometendo não apenas a economia local, mas também a subsistência de comunidades.

Publicado na última segunda-feira (05.02), o decreto entra em vigor com uma duração prevista de 180 dias, abrangendo uma vasta área que inclui municípios das regiões oeste e norte do estado, como Acreúna, Porangatu, Quirinópolis e Santa Helena de Goiás, entre outros. Essas áreas são conhecidas por sua atividade agropecuária intensa, o que ressalta a gravidade da situação atual.

O governo do estado tomou essa decisão após observar o volume significativamente baixo de chuvas e as extremas condições climáticas que perduram por longos períodos sem precipitação. Em vários casos, a perda de umidade do solo ultrapassou a capacidade de reposição natural, uma situação alarmante para a agricultura e pecuária locais.

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O decreto classifica a situação como “estiagem” de nível 2, ou de média intensidade, seguindo a Classificação e Codificação Brasileira de Desastres (Cobrade) e normas do Ministério do Desenvolvimento Regional. Essa classificação implica em uma série de medidas emergenciais que o estado poderá adotar para mitigar os efeitos da seca, incluindo a possibilidade de acesso a recursos federais para apoio e recuperação das áreas afetadas.

A decisão de declarar estado de emergência reflete a urgência em responder aos desafios impostos pela natureza, buscando minimizar o impacto sobre a população e a economia dos municípios goianos. Com a agricultura sendo um dos pilares da economia do estado, a estiagem representa não apenas uma crise ambiental, mas também social e econômica, afetando diretamente a vida de milhares de agricultores e habitantes dessas regiões.

O governo de Goiás, junto a órgãos competentes, agora trabalha na implementação de estratégias de enfrentamento à estiagem, enquanto monitora de perto a situação climática dos municípios em emergência, esperando que medidas paliativas possam aliviar os efeitos devastadores da seca prolongada.

Fonte: Pensar Agro

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