Agro
PR: Exportação avícola para a China em maio é 110% superior ao mesmo mês de 2018

do Portal do Agronegócio
A necessidade crescente de importação de proteína animal pela China, devido aos problemas de peste suína que afetaram o país, mas também pela sua grande população, tem tornado os asiáticos um parceiro comercial cada vez mais importante para a indústria avícola paranaense. Só em maio, 28,7 mil toneladas de carne de frango foram embarcadas para a China pelo estado, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
O número é aproximadamente 110% superior ao volume exportado no mesmo mês do ano passado, quando 13,5 mil toneladas foram enviadas. Em comparação a abril de 2019, o aumento foi de 40% (20,4 mil toneladas). Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins, a tendência é que novas plantas sejam habilitadas para exportar ao país asiático.
“Após a visita da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina, à China, a expectativa é de que mais indústrias, incluindo as de frango, sejam habilitadas a embarcar para o país. É uma necessidade que mais empresas possam exportar para eles, isso porque são quase 1,5 bilhão de habitantes que demandam alimentos”, destaca Martins.
Ainda de acordo com o levantamento da Secex, o volume total de exportação de carne de frango no Paraná em maio de 2019 foi de 143 mil toneladas, 21% superior ao mesmo mês do ano passado (127,6 mil toneladas). No acumulado, o estado já embarcou 621,7 mil toneladas este ano, ante 600,1 mil toneladas em 2018, uma elevação de 3,6%.
Segundo Martins, o mercado internacional é instável, apresentando altos e baixos, por isso é importante que o setor avícola paranaense continue sempre atento a todos os seus detalhes e evoluções. “Precisamos ter o cuidado voltado exclusivamente para a produtividade, sanidade e qualidade do que produzimos, assim somos imbatíveis”, complementa o presidente do Sindiavipar.
Produção
No mês de maio, a produção chegou a 161 milhões de cabeças de frango no estado, de acordo com números do Sindiavipar. Com isso, o acumulado no ano é de 773,3 milhões de abates, volume 7,8% superior em relação ao período de janeiro a maio de 2018, quando 717 milhões de cabeças foram produzidas. A expectativa do Sindicato é que neste ano o setor apresente um crescimento em torno de 5% tanto em produção como exportação.

Agro
Goiás decreta situação de emergência em 25 municípios por conta da seca
Em uma medida drástica para enfrentar a grave estiagem que assola o estado, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, decretou situação de emergência em 25 municípios. A falta de chuvas, acompanhada de calor excessivo e a consequente perda de umidade do solo, tem impactado severamente a produção agrícola nas regiões, comprometendo não apenas a economia local, mas também a subsistência de comunidades.
Publicado na última segunda-feira (05.02), o decreto entra em vigor com uma duração prevista de 180 dias, abrangendo uma vasta área que inclui municípios das regiões oeste e norte do estado, como Acreúna, Porangatu, Quirinópolis e Santa Helena de Goiás, entre outros. Essas áreas são conhecidas por sua atividade agropecuária intensa, o que ressalta a gravidade da situação atual.
O governo do estado tomou essa decisão após observar o volume significativamente baixo de chuvas e as extremas condições climáticas que perduram por longos períodos sem precipitação. Em vários casos, a perda de umidade do solo ultrapassou a capacidade de reposição natural, uma situação alarmante para a agricultura e pecuária locais.
O decreto classifica a situação como “estiagem” de nível 2, ou de média intensidade, seguindo a Classificação e Codificação Brasileira de Desastres (Cobrade) e normas do Ministério do Desenvolvimento Regional. Essa classificação implica em uma série de medidas emergenciais que o estado poderá adotar para mitigar os efeitos da seca, incluindo a possibilidade de acesso a recursos federais para apoio e recuperação das áreas afetadas.
A decisão de declarar estado de emergência reflete a urgência em responder aos desafios impostos pela natureza, buscando minimizar o impacto sobre a população e a economia dos municípios goianos. Com a agricultura sendo um dos pilares da economia do estado, a estiagem representa não apenas uma crise ambiental, mas também social e econômica, afetando diretamente a vida de milhares de agricultores e habitantes dessas regiões.
O governo de Goiás, junto a órgãos competentes, agora trabalha na implementação de estratégias de enfrentamento à estiagem, enquanto monitora de perto a situação climática dos municípios em emergência, esperando que medidas paliativas possam aliviar os efeitos devastadores da seca prolongada.
Fonte: Pensar Agro