Política Nacional
Bolsonaro admite disputar reeleição ‘se não tiver uma boa reforma política’

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) admitiu nesta quinta-feira (19) que pode disputar a reeleição em 2022, caso não seja aprovada “uma boa reforma política”.
Após discursar na Marcha Para Jesus, tradicional evento evangélico realizado na Zona Norte de São Paulo, Bolsonaro deu entrevista, e um repórter perguntou: “Presidente, o senhor vai tentar a reeleição?”.
“Se tiver uma boa reforma política eu posso até nesse caldeirão jogar fora a possibilidade de reeleição. Agora se não tiver uma boa reforma política e, se o povo quiser, estamos aí para continuar mais quatro anos”, respondeu Bolsonaro.
Mais cedo, quando visitou a cidade de Eldorado (SP), onde passou a infância, Bolsonaro fez uma alusão indireta à possibilidade ser reeleito. “Meu muito obrigado a quem votou e quem não votou em mim. Lá na frente, todos votarão, tenho certeza”, afirmou em discurso.
Durante a campanha eleitoral, em entrevista ao Jornal Nacional, em 20 de outubro, Bolsonaro falou em acabar com a reeleição, inclusive para ele próprio, caso vencesse a disputa. “Pretendo fazer, vou conversar com o parlamento também, é ter uma excelente reforma política. Você acabar com o instituto da reeleição. No caso, começa comigo se eu for eleito”, afirmou na época.
Marcha Para Jesus
Bolsonaro marcou presença na Marcha Para Jesus em São Paulo. Foi a primeira vez que um presidente da República participa da marcha, que está em sua 27ª edição. O presidente agradeceu ao convite de Estevam e Sônia Hernandes, da Igreja Renascer em Cristo, e afirmou que “é muito bom estar entre amigos”.
“Melhor ainda quando esses amigos têm Deus no coração. Porque assim agora nós somos irmãos. Muito obrigado pelo convite. O ano passado eu lhes disse: ‘Se Deus quiser, estarei o ano que vem nessa Marcha como presidente da República do Brasil!’. Um presidente que diz que o estado é laico, mas ele é cristão!”, disse Bolsonaro.
Ao público, o presidente afirmou: “Vocês foram decisivos para mudar o destino dessa pátria maravilhosa chamada Brasil. Todos nós juntos compartilhamos dessa responsabilidade. Onde primeiro Deus e depois a família respeitada e tradicional acima de tudo”
“Eu agradeço a Deus também primeiro por estar vivo, porque foi dele esse dom de me dar pela segunda vez a vida. Agradeço a vocês pelas orações nos momentos difíceis que encontrei pela frente. E Ele nos deu a presidência.”
Moro e Santos Cruz
Na entrevista após o discurso na Marcha, o presidente voltou a defender o ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro. “Eu tenho dito que o senhor Sergio Moro é um patrimônio nacional. Se nós estamos com estatais quebradas, fundos de pensões quebrados, os delatores devolvendo mais de R$ 2 bilhões, o país foi saqueado. Ele fez um excelente trabalho”, afirmou.

Paraná
Gleisi Hoffmann defende gabinete “informal” de Janja

A deputada federal paranaense entrou na esfera da imoralidade ao defender os gastos públicos do governo federal com servidores que trabalham em um gabinete “informal” da paranaense de União da Vitória, Janja Lula da Silva, mulher do presidente de esquerda, Luiz Inácio Lula da Silva, para Gleisi Hoffmann, a primeira dama trabalha em “causas muito objetivas, como a defesa dos direitos das mulheres contra a violência, o incentivo e difusão nacional e internacional da cultura, a causa dos direitos animais, entre tantas outras” e precisa de auxiliares.
A oposição diz que não há previsão na lei brasileira para a 1ª dama ter servidores disponíveis para um gabinete “informal”.