Curitiba
Polícia Civil já elucidou 54% dos homicídios ocorridos em Curitiba
Dos 97 homicídios registrados em Curitiba entre janeiro e maio deste ano, a Polícia Civil do Paraná (PCPR) já elucidou 54% dos casos. O percentual de identificação de autoria dos assassinatos é maior do que o alcançado no mesmo período de 2018, quando 39% dos crimes foram elucidados. A agilidade no trabalho de polícia judiciária é atrelada ao desempenho dos agentes envolvidos nas investigações, utilização de técnicas de inteligência e o trabalho integrado das unidades da PCPR.
“A melhora expressiva do índice de solução de casos de homicídios é resultado da atuação integrada e coordenada entre todas as divisões da Polícia Civil do Paraná. A isso soma-se a dedicação dos policiais civis e a qualidade das técnicas de investigação empregadas”, analisa o delegado-geral da PCPR, Silvio Jacob, Rockembach.
Dentre os 53 assassinatos com autoria identificada, 51 já tiveram os suspeitos presos. A delegada Camila Cecconello, chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), explica que um conjunto de fatores tem repercutido na rapidez para elucidar os crimes contra a vida. “Atribuo os bons índices à equipe de profissionais muito dedicada. Além disso, demos uma atenção ao setor de inteligência, inclusive com o uso de um programa em que conseguimos fazer cruzamentos de dados de organizações criminosas e de traficantes para chegar às autorias dos crimes”, disse Camila.
Drogas – O terceiro fator de sucesso para a rapidez nas investigações, são os trabalhos intensivos da PCPR nos bairros com muitos registros de homicídios para tentar identificar e qualificar pessoas que possam ser responsáveis pelo tráfico na região. “Como 70% dos homicídios são relacionados a drogas isso ajuda bastante para chegarmos à autoria. Com informações sobre local e tipo de arma que usam conseguimos traçar mais rapidamente os participantes das organizações criminosas, que costumam ser os responsáveis pelas mortes”, falou Camila.
As abordagens ostensivas ajudam ainda na contenção dos homicídios, que tiveram queda em relação a 2018. Enquanto este ano foram 97 entre janeiro e maio, ano passado foram 130 homicídios. Entre as vítimas deste ano, 95 são homens e três são mulheres.
Casos – A agilidade da investigação da Polícia Civil do Paraná foi fundamental para a identificação e indiciamento do homem, de 27 anos, suspeito de ter matado o engenheiro mecânico Roberto Tiepolo Júnior, 42, no Alto da XV. A vítima foi morta a facadas no dia 2 de fevereiro após confusão em um bar na rua Itupava e a polícia efetuou a prisão do suspeito no dia 11 de abril. O inquérito indiciou o suspeito por homicídio duplamente qualificado, cometido por motivo fútil e sem nenhuma chance de defesa.
A PCPR teve ação rápida na elucidação do assassinato do cabeleireiro Marcos Cesar Milleo, 61, que ocorreu por volta das 20 horas do dia 15 de maio no Água Verde. Uma semana depois, o morador de rua de 26 anos, suspeito pelo crime de homicídio, foi preso no bairro Novo Mundo. Com motivação passional, o cabeleireiro foi assassinado por esganadura após ter convidado o morador de rua a acompanhá-lo até o apartamento. Segundo o suspeito, ele foi motivado ao crime por ter sido assediado sexualmente.
Curitiba
Curitiba tem um bairro gigante que supera municípios da Região Metropolitana
A Cidade Industrial de Curitiba (CIC) carrega o título de bairro mais populoso da capital paranaense e figura entre os cinco maiores do Brasil. Segundo o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são 172.510 moradores, número superior ao de Pinhais e Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, que têm 127 mil e 118.730 habitantes, respectivamente.
Além da densidade populacional, a CIC se destaca pelo tamanho territorial, com 43 km² de extensão. Oficialmente fundada em 1973, a Cidade Industrial nasceu de uma parceria entre a Urbs e o Governo do Paraná.
A ideia era criar uma área planejada para receber indústrias e, ao mesmo tempo, oferecer moradia para trabalhadores. As primeiras casas começaram a surgir nos anos 1980 e, desde então, a região nunca parou de crescer.
Nos anos 1970, o bairro parecia isolado às margens da BR-116. Hoje, no entanto, faz parte do coração econômico da capital, com conexões diretas para o interior do Paraná.
Bairros mais populosos de Curitiba
Atualmente, a CIC lidera o ranking dos bairros mais populosos de Curitiba, seguida por Sítio Cercado, Cajuru, Uberaba e Boqueirão. Somadas, essas cinco regiões concentram 503.664 habitantes, ou seja, quase 30% de toda a população curitibana.
Na outra ponta, bairros como Riviera, Lamenha Pequena e Cascatinha mal chegam a somar 10 mil moradores.
Boom de investimentos após a pandemia
Desde 2022, a CIC tem atraído grandes investimentos em diferentes setores. Estima-se que cerca de R$ 2 bilhões já tenham sido confirmados em projetos industriais para os próximos três anos
A região também foi a mais procurada da cidade para abertura de empresas no primeiro semestre de 2022. Segundo a prfeitura, 2.761 novos negócios se instalaram ali, número maior que o registrado no Centro e no Sítio Cercado.
Atualmente, o bairro reúne aproximadamente 20 mil empresas, responsáveis por mais de 80 mil empregos diretos e indiretos, de acordo com a Associação das Empresas da CIC.
Entre os investimentos mais expressivos estão os R$ 1,5 bilhão da Volvo em pesquisa e desenvolvimento até 2025; os R$ 200 milhões da Fiocruz na construção de uma fábrica de vacinas; e outros R$ 200 milhões da alemã Horsch, que pretende implantar uma unidade de máquinas agrícolas na região.
Desafios do maior bairro de Curitiba
Apesar da relevância econômica e social, a CIC enfrenta desafios típicos de grandes centros urbanos. O bairro aparece em segundo lugar no ranking de crimes contra o patrimônio em 2025, com 2.545 ocorrências registradas apenas no primeiro semestre, ficando atrás apenas do Centro.
Além da questão da segurança, o trânsito intenso e as demandas por urbanização acompanham o crescimento acelerado da região.
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