Agro
Goiaba, uva e café: produtos do norte do Paraná entram em lista de proteção no acordo entre Mercosul e União Europeia

Com três produtos agrícolas com indicação geográfica de procedência, a região norte do Paraná é privilegiada. A indicação quer dizer que o café do Norte Pioneiro, a Goiaba de Carlópolis e a Uva de Marialva são únicos e têm características específicas.
Esse reconhecimento fez com que o grão e as frutas fossem incluídos em uma lista com 36 produtos brasileiros que serão protegidos por um acordo comercial firmado entre o Mercosul e a União Européia.
A medida é uma proteção e impede a reprodução de produtos típicos em outras regiões ou países. Isso quer dizer que o único café do Norte Pioneiro que poderá ser comercializado em países da União Europeia, é o grão produzido em cidades desta região do Paraná.
O mesmo vale para produtos europeus que serão comercializados no Mercosul. O acordo também barra expressões como ‘tipo’, ‘estilo’ e ‘imitação’ na exportação.
O texto do acordo ainda não foi revelado integralmente, deve passar por revisões e depende da aprovação de todos os países envolvidos antes de entrar em vigor.
Café do Norte-Pioneiro
O presidente Associação de Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná (Acenpp), Luiz Fernando de Andrade Leite, diz que o acordo protege e valoriza as origens da produção e o pequeno produtor.

Agro
Goiás decreta situação de emergência em 25 municípios por conta da seca
Em uma medida drástica para enfrentar a grave estiagem que assola o estado, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, decretou situação de emergência em 25 municípios. A falta de chuvas, acompanhada de calor excessivo e a consequente perda de umidade do solo, tem impactado severamente a produção agrícola nas regiões, comprometendo não apenas a economia local, mas também a subsistência de comunidades.
Publicado na última segunda-feira (05.02), o decreto entra em vigor com uma duração prevista de 180 dias, abrangendo uma vasta área que inclui municípios das regiões oeste e norte do estado, como Acreúna, Porangatu, Quirinópolis e Santa Helena de Goiás, entre outros. Essas áreas são conhecidas por sua atividade agropecuária intensa, o que ressalta a gravidade da situação atual.
O governo do estado tomou essa decisão após observar o volume significativamente baixo de chuvas e as extremas condições climáticas que perduram por longos períodos sem precipitação. Em vários casos, a perda de umidade do solo ultrapassou a capacidade de reposição natural, uma situação alarmante para a agricultura e pecuária locais.
O decreto classifica a situação como “estiagem” de nível 2, ou de média intensidade, seguindo a Classificação e Codificação Brasileira de Desastres (Cobrade) e normas do Ministério do Desenvolvimento Regional. Essa classificação implica em uma série de medidas emergenciais que o estado poderá adotar para mitigar os efeitos da seca, incluindo a possibilidade de acesso a recursos federais para apoio e recuperação das áreas afetadas.
A decisão de declarar estado de emergência reflete a urgência em responder aos desafios impostos pela natureza, buscando minimizar o impacto sobre a população e a economia dos municípios goianos. Com a agricultura sendo um dos pilares da economia do estado, a estiagem representa não apenas uma crise ambiental, mas também social e econômica, afetando diretamente a vida de milhares de agricultores e habitantes dessas regiões.
O governo de Goiás, junto a órgãos competentes, agora trabalha na implementação de estratégias de enfrentamento à estiagem, enquanto monitora de perto a situação climática dos municípios em emergência, esperando que medidas paliativas possam aliviar os efeitos devastadores da seca prolongada.
Fonte: Pensar Agro